- O relatório do Inspector General dos EUA aponta risco à operação militar e recomenda revisar procedimentos de classificação e treinar autoridades, após uso do aplicativo Signal pelo secretário da Defesa, Pete Hegseth.
- O caso, chamado Signalgate, envolve a divulgação de informações sensíveis sobre um ataque planejado a rebeldes houthis no Iêmen e o uso de uma plataforma de mensagens não seguras.
- O documento afirma que Hegseth usou o Signal em dispositivo pessoal para enviar informações não públicas do Departamento de Defesa, o que violaria normas internas.
- O relatório também registra que Michael Waltz convidou o jornalista Jeffrey Goldberg para o chat, o que levou à divulgação pública em tempo real.
- O IG afirma que o secretário, como chefe original da classificação, não foi entrevistado e que o DoD ainda não comentou; Signal é criptografado, mas o uso por autoridades difere do uso de cidadãos.
O relatório do Inspector General dos EUA, divulgado hoje, aponta riscos à operação e à segurança de tropas devido ao uso do serviço de mensagens Signal para compartilhar detalhes sensíveis em tempo real sobre um ataque planejado no Iêmen. A divulgação ocorreu após o IG ter apresentado o documento ao Congresso na terça-feira.
O caso envolve o secretário da Defesa, Pete Hegseth, e figuras como Michael Waltz e Jeffrey Goldberg. Segundo o relatório, Hegseth enviou informações não públicas via Signal em março, o que violaria orientações sobre uso de dispositivos pessoais e apps não aprovados para dados sensíveis.
O IG afirma que Hegseth, como autoridade original de classificação, determinou a não necessidade de classificação em parte das informações compartilhadas, mas conclui que o uso de um celular pessoal e do Signal para fins oficiais não está conforme as normas do DoD. Hegseth não participou de entrevista; apresentou apenas uma declaração escrita.
Contexto do caso Signalgate
O relatório cita que, além de informações táticas da operação, houve falhas de governança na classificação e no treinamento de oficiais de alto escalão. O episódio também evidenciou o risco de jornalistas terem sido incluídos acidentalmente na conversa, ampliando a exposição de informações sensíveis.
O documento também remete a uma publicação anterior sobre o uso de sistemas de mensagens não controlados pelo DoD e recomenda melhorar o treinamento de oficiais seniores sobre o uso adequado de dispositivos eletrônicos. O DoD não comentou o conteúdo do relatório imediatamente.
Repercussões e encaminhamentos
A recomendação direta é que o comandante da Força Operacional Central revise procedimentos de classificação e emita novas instruções para assegurar a devida marcação de informações classificadas. Ainda não há informações sobre ações disciplinares. O caso continua sob avaliação do DoD.