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Coreia do Norte, última etapa da doutrinação russa de crianças ucranianas

Primeiro caso de menores ucranianos identificados enviados ao campo Songdowon, na Coreia do Norte, como parte de adoctrinamento promovido pela Rússia, com mais de 19.500 transferidos

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Yelizaveta, de 16 años.
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  • Dois jovens ucranianos, Yelizaveta (16) e Mijailo (12), nasceram em Simferópol e Makiivka e vivem em território ocupado pela Rússia.
  • Foram enviados temporariamente ao campo Songdowon, na Coreia do Norte; são os primeiros menores ucranianos identificados nesse itinerário de adoctrinamento.
  • O Centro Regional de Direitos Humanos registra 165 campos de rusificação de crianças, com mais de 19.500 transferidos; estimativas da Universidade de Yale apontam mais de 35.000.
  • A advogada Katerina Rashevska, ante o Senado dos Estados Unidos, afirmou que as crianças aprenderam, entre outras coisas, a destruir militares japoneses, e ressaltou traumas e violação de dignidade.
  • O CRDH aponta uma rede de adoção e assimilação cultural, ligada a Maria Lvova-Belova; não há registro de retorno imediato para casa dos menores que viajaram.

Yelizaveta, 16, nasceu em Simferópol, e Mijailo, 12, em Makiivka. Cresceram em áreas sob ocupação russa na Ucrânia. Nesta semana, a advogada ucraniana Katerina Rashevska apresentou fotos dos dois no Senado dos EUA, representando o CRDH.

O CRDH afirma que 165 campos de adoctrinamento existem na região ocupada, na Rússia, Bielorrússia e agora na Coreia do Norte. Yelizaveta e Mijailo são os primeiros menores ucranianos identificados nesse itinerário.

Segundo o CRDH, os jovens foram enviados temporariamente ao campo Songdowon, na Coreia do Norte, como reconhecimento pela atitude “proativa” demonstrada. A transferência envolve mais de 19.500 crianças já deslocadas pelo conflito.

A Yale University acompanha o caso, estimando que o total de crianças ucranianas deslocadas pode chegar a 35 mil. A organização Save Ukraine, liderada por Mikola Kuleba, também monitora relatos de repatriação.

Rashevska destacou que no Songdowon os menores teriam recebido instruções que incluem referências a ações militares históricas. A advogada pediu atenção internacional para o que chamou de traumas e violação de dignidade infantil.

O Songdowon é um antigo campo de recreação perto de Wonsan, conhecido por receber menores estrangeiros. O local é administrado no contexto de uma ampla campanha de nacionalismo promovida pela Coreia do Norte.

A trechos da denúncia citam ainda casos de separação de famílias, suposto maltrato e, em alguns relatos, violência. O objetivo, segundo Rashevska, seria ampliar a militarização e a rusificação de crianças.

Não há confirmação pública de que os demais menores transferidos tenham viagens involuntárias ou possam retornar ao fim da estadia. As informações vêm de fontes do CRDH e de monitoramento internacional.

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