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Marrocos busca inspiração no modelo autonômico espanhol para o Saara

Marrocos atualiza plano de autonomia para o Saara Ocidental, mira modelo espanhol e convoca partidos, visando apresentar proposta aceitável à ONU

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Juan Carlos Sanz
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  • Marrocos está atualizando seu plano de autonomia para o Saara Ocidental, buscando referências, entre elas o modelo espanhol, para apresentar à ONU.
  • A resolução do Conselho de Segurança, de 31 de outubro, aponta a “autonomia verdadeira” como solução política mais viável.
  • O rei Mohamed VI pediu aos partidos políticos que contribuam com ideias; dirigentes foram recebidos por conselheiros reais na ausência do monarca, em viagem ao exterior.
  • Mesmo com a regionalização avançada, a tomada de decisões continua fortemente centralizada no Palácio Real, com walís e caids influenciando políticas.
  • Diplomatas destacam que o modelo espanhol é observado com interesse para compor um projeto autônomo viável, enquanto a ONU vê a autonomia marroquina como base para negociações, e o Polisário aceita diálogo apenas com consulta popular.

Marrakech está promovendo uma atualização do plano de autonomia para o Sáhara Ocidental, buscando referencias europeias e apoio internacional. O objetivo é apresentar uma proposta mais completa e aceitável à ONU, ainda marcada pela centralização de poder no Palácio Real.

O governo marroquino já sinalizou que pedirá contribuições dos partidos políticos para enriquecer o texto, num movimento que acompanha a pressão internacional por avanços no processo. A ausência do rei Mohamed VI em viagem privada também chamou a atenção para o ritmo das negociações.

Atualização do plano e referência internacional

Rabat convoca líderes partidários para contribuir com ideias, mirando modelos europeus, especialmente o estatuto espanhol de comunidades autónomas. A abordagem busca tornar a autonomia compatível com uma solução política reconhecida pela ONU.

A ideia é apresentar, na prática, um autogoverno com competências ampliadas, sem abrir mão do controle central sobre questões estratégicas como defesa, relações exteriores e segurança. A implementação dependerá de uma eventual aprovação constitucional e de um referendo no Sáhara.

Contexto da ONU e reboques diplomáticos

Em resolução de 31 de outubro, o Conselho de Segurança favoreceu a autonomia como opção viável para a solução do contencioso. A busca de um acordo que permita autodeterminação tem apoio de setores internacionais, ainda que persista a complexidade regional.

Especialistas lembram que, embora haja avanços diplomáticos, a governança interna marroquina permanece centralizada. A regionalização avançada não substitui a necessidade de aprovação política e participação local em decisões-chave.

Reações do Polisário e entorno regional

O Polisário não rejeita a autonomia de forma direta, mas defende consulta popular ampla envolvendo o povo do Sáhara. Argel e Rabat mantêm canais regionais de diálogo, com a ONU buscando facilitar negociações entre as partes.

Há cautela entre analistas sobre o alcance real das reformas, dados os entraves históricos e a resistência de setores que defendem a independência. A comunidade internacional segue monitorando o andamento das propostas.

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