- Seis semanas após Trump afirmar ter interrompido a guerra entre Tailândia e Camboja, o confronto voltou a piorar com bombardeios na fronteira nesta segunda-feira.
- Autoridades tailandesas disseram ter atacado posições camboyanas com caças F‑16, alegando morte de um soldado tailandês e oito feridos em choque anterior. Cambóia nega e aponta provocação de Bangkok.
- Cerca de quatrocentas mil pessoas de ambos os países foram deslocadas ou transferidas para áreas mais seguras devido aos combates.
- As partes se responsabilizam pela escalada: Tailândia afirma que Camboja reposiciona armamento e prepara unidades, enquanto Camboja culpa a Tailândia por ações provocadoras.
- O episódio evidencia a fragilidade do acordo de paz promovido pela ASEAN em Kuala Lumpur; a região acompanha com cautela a evolução do conflito e apelos por moderção.
Seis semanas após o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar ter interrompido uma guerra entre Tailândia e Camboja, os dois países retomaram bombardeios. Cazas tailandeses F-16 ataques posições militares cambonesas na fronteira, após alegação de morte de soldado tailandês e oito feridos em confronto anterior. A ofensiva ocorreu nesta segunda.
Autoridades tailandesas afirmam ter usado força aérea para dissuadir capacidades cambonesas, em resposta a ações que, segundo Phnom Penh, violam o cessar-fogo. O governo cambonês responsabiliza a Tailândia pela escalada, destacando que civis ficaram gravemente feridos e aldeias foram evacuadas.
Mais de 385 mil civis tailandeses foram deslocados, segundo agências, com 1.157 famílias cambonesas buscando refúgio seguro. O primeiro-ministro tailandês, Anutin Charnvirakul, afirmou que o país realizará todas as operações necessárias para defender a soberania, e que negociações não avançam.
Contexto regional
A tensão decorre de disputas históricas sem delimitação clara na fronteira, herança de conflitos coloniais. O último grande confronto ocorreu em 2011, com 17 mortos e milhares de deslocados. O acordo assinado em Kuala Lumpur, sob medição da ASEAN, perdeu fôlego diante das acusações mútuas.
Resposta internacional e diplomática
O governo de Malásia pediu moderação a ambas as partes, destacando que a região não pode conviver com ciclos de confrontação. O Japão também expressou preocupação e pediu contenção máxima, enquanto as partes discutem próximos passos sem sinal claro de cessar-fogo imediato.
Desdobramentos e expectativa
A violência reativou a fragilidade do processo de paz impulsionado por Trump e por ASEAN, com consequências humanitárias graves. Autoridades locais monitoram a evolução da situação, enquanto a comunidade internacional busca canais de mediação e conteúdo de respeito à soberania.