- O grupo rebelde M23 tomou a cidade estratégica de Uvira, no sul da República Democrática do Congo, após uma semana de combates.
- O conflito deixou cerca de quatrocentas mortes e milhares de congoleses deslocados; o governo congolês acusa Ruanda de violar o cessar-fogo, e Ruanda nega.
- As forças congolesas e seus aliados retiraram-se para o sul, em direção a Swima, Makobola e Baraka, após a entrada dos rebeldes em Uvira por volta de 11h30.
- Uvira é um porto importante no lago Tanganica, o que confere ao avanço um peso simbólico e logístico para a região dos Grandes Lagos.
- O episódio ocorre poucos dias após o acordo de paz firmado em Washington, em 4 de dezembro, entre a RDC e Ruanda, mediado pelos Estados Unidos, que previa retirada de forças ruandesas.
Neste momento, o grupo rebelde M23, com apoio de Ruanda, tomou a cidade de Uvira, no sul da RDC. A ofensiva ocorreu nesta semana e resultou em dezenas de milhares de deslocados e cerca de 400 mortes, segundo autoridades locais. Combates persistem e houve retirada das forças congolesas, que deixaram a área.
O governo da República Democrática do Congo aponta Ruanda como responsável pela violação do cessar-fogo e pelos ataques em Uvira. Ruanda nega a participação direta, atribuindo as ações ao Exército congoleño. A tensão aumenta em meio a acusações mútuas e à suspensão de futuros movimentos de paz.
Uvira é a segunda maior cidade de Kivu do Sul e um importante porto no Lago Tanganica. A captura eleva o risco de ampliação do conflito para outras regiões dos Grandes Lagos. Autoridades congolesas solicitam sanções internacionais contra Ruanda e reforçam a necessidade de retorno ao cessar-fogo.
Contexto e implicações
A ofensiva sucede a acordo de paz assinado em Washington, em 4 de dezembro, entre RDC e Ruanda, mediado pelos EUA. O documento previa retirada das forças ruandesas do nordeste do Congo e não impediu o ressurgimento de hostilidades na fronteira.
Decisões internacionais já haviam pedido a suspensão das ações militares e a manutenção de canais de diálogo. A ofensiva de Uvira levanta dúvidas sobre a efetividade do acordo e a estabilidade regional.
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