- Até 1,2 milhão de refugiados retornaram à Síria desde dezembro de 2024, principalmente vindos da Turquia, Líbano e Jordânia, juntamente com quase 2 milhões de deslocados que voltaram às suas localidades.
- O retorno ocorre em meio a uma transição política de democracia em curso e a relatos de retomada de atividades econômicas, como um posto de shawarma em Alepo, mas com desafios significativos de segurança e infraestrutura.
- A reconstrução é estimada em cerca de 200 bilhões de dólares, e a economia síria sofreu quedas acentuadas, com a moeda desvalorizada e serviços básicos, como saúde, ainda fragilizados.
- A falta de moradia adequada é um obstáculo importante: quase 70% dos retornados enfrentam problemas de habitação, vivendo com familiares, em aluguéis precários ou casas ocupadas.
- A criação de empregos permanece fraca: cerca de 70% dos entrevistados não conseguiram trabalho estável, com boa parte ocupando atividades informais na construção ou depende de ajuda humanitária.
No último ano, milhares de sírios retornaram ao país, mesmo diante de ruínas e insegurança. Estima-se que até 1,2 milhão de refugiados voltaram desde dezembro de 2024, principalmente vindos da Turquia, Líbano e Jordânia. Outros quase 2 milhões retornaram a suas cidades de origem. Aleppo concentra grande parte desse movimento.
A reconstrução acelera, mas os desafios são enormes. A economia foi fortemente atingida pela guerra, com queda superior a 50% do PIB e desvalorização da moeda. Infraestruturas básicas permanecem deterioradas e serviços de saúde apresentam carência de investimentos.
Entre os retornados, muitos relatam voltar para reerguer famílias e negócios. Na prática, isso envolve desde abrir pequenos empreendimentos até reconstruir moradias com recursos limitados. Em Aleppo, foram criados pequenos postos comerciais como parte da recuperação local.
O deslocamento interno persiste como entrave. Cidades e áreas sob controle do governo enfrentam escassez de empregos, habitação e energia. O custo da reconstrução é estimado em cerca de 200 bilhões de dólares, segundo o Banco Mundial, com críticas à subestimação do valor.
ACNUR aponta dois grandes obstáculos ao retorno sustentável: falta de moradia estável e escassez de empregos formais. Também há preocupações com a documentação e com a segurança em áreas antes confrontadas por hostilidades.
Na prática, o ritmo de retorno supera registros anteriores de outros conflitos, mas a sustainableia depende de acordos internacionais, alívio de sanções e investimentos privados. A ONU e agências assistenciais monitoram a situação de perto para evitar novas crises humanitárias.
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