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Documentário Justiça Capturada denuncia abusos de juízes na Romênia

Documentário Justiça capturada expõe pressão interna para atrasar ou absolver casos, gerando protestos, mobilização popular e ações governamentais de reforma

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Una persona sostiene una figura de Lia Savonea, antigua presidenta del Consejo Superior de la Magistratura, en una protesta en Bucarest este lunes.
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  • Documentário “Justicia capturada”, divulgado em 9 de dezembro no YouTube pela Recorder, revelapressões internas para atrasar ou absolver casos de corrupção na Romênia.
  • O vídeo acumula mais de 4,6 milhões de visualizações em uma semana e gerou protestos nas principais cidades do país.
  • Testemunhos apontam uma estrutura hierárquica no sistema judiciário, com manipulação de casos, lentidão de processos e punições a magistrados críticos.
  • O Conselho Superior da Magistratura e juízes cobraram respostas públicas; há pedidos de demissão da presidente do Alto Tribunal de Casação e Justiça, Lia Savonea.
  • Governo criou grupo de trabalho para propor reformas, o presidente convocou magistrados para conversa ampla e organizações civis já recolhem assinaturas para mudança no sistema judicial.

Foi divulgado em 9 de dezembro um documentário intitulado Justicia capturada, que revela pressões internas para atrasar ou absolver casos de corrupção na Romênia. O lançamento ocorreu no YouTube, produzido pela equipe de Recorder, gerando milhões de visualizações em poucos dias. A divulgação provocou protestos nas principais cidades do país.

Julgadores, procuradores e testemunhas, algumas sob anonimato, relatam práticas para frear ou inviabilizar investigações. Entre as alegações, há prescrição de processos e reordenações administrativas que favorecem decisões favoráveis a determinados acusados. A denúncia aponta uma estrutura piramidal de poder ligada a um grupo de juízes influentes.

Desdobramentos institucionais

Nas declarações, o Conselho Superior da Magistratura (CSM) é apontado como alvo de pressões para controlar decisões. A instituição informou que o Estado de Direito tem recebido apoio da União Europeia e que houve avanço com o fim do Mecanismo de Cooperação e Verificação. Ainda assim, o documentário reacendeu o debate sobre independência judicial.

A repercussão levou a protestos amplos sob o lema Juntos por a Justiça, com participação de milhares de pessoas em Bucareste. O ministro-chefe Ilie Bolojan anunciou a criação de um grupo de trabalho para analisar reformas legislativas, com foco na prescrição e na duração dos processos. O presidente Nicușor Dan convocou magistrados a uma conversa aberta em 22 de dezembro.

Reação e reação pública

Casos de alto perfil e decisões controversas criaram dúvidas sobre imparcialidade do Judiciário desde 2023, período em que a fiscalização europeia se tornou menos vigilante. Organizações civis promovem petições para reformar o sistema judicial, já com centenas de milhares de assinaturas. Parlamentares também incluem a luta anticorrupção entre suas prioridades estratégicas.

O documento também apresenta relatos de juízes que contestam pressões administrativas e denunciam condições de trabalho hostis. Um juiz relatou situações de assédio e transferências que visam reduzir a autonomia de decisões críticas. Especialistas afirmam que o Judiciário funciona como “sistema imunológico” do Estado, sendo essencial para evitar o caos.

O governo afirma manter o diálogo com o sistema judicial, promovendo mudanças para fortalecer a independência institucional. A sociedade civil continua a monitorar os desdobramentos e a cobrar transparência nas investigações. As autoridades reforçam o compromisso com reformas sujeitas a avaliação pública.

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