- Procuradores de Bremen apresentaram acusações criminais contra três pessoas ligadas à gestão do Greensill Bank, pela falência da instituição e por falsificação de informações financeiras, relacionadas ao colapso de 2021.
- Os acusados são suspeitos de ter contornado regulações bancárias em um refinanciamento de 2,2 bilhões de euros, em 2019, de plantas de aço do Gupta Family Group Alliance, grupo controlado por Sanjeev Gupta.
- Dentre os acusados, dois eram ex-membros do conselho de administração e um era integrante do conselho fiscal; Lex Greensill não é acusado.
- Os investigadores afirmam haver indícios de que, nas demonstrações contábeis de 2019, os empréstimos foram apresentados como baixo risco e de conformidade regulatória no programa de compra de recebíveis.
- O caso amplia as consequências legais do colapso da Greensill; no Reino Unido, a Serious Fraud Office investiga GFG e Greensill Capital UK, sem envolvimento declarado de empresas do grupo no inquérito alemão.
Promotores alemães apresentaram acusações criminais contra três people envolvidas na gestão do Greensill Bank, apontando responsabilidade pelo colapso de 2021. A ofensiva ocorre em Bremen, onde fica a Procuradoria Pública local. As acusações dizem respeito a falência e à deturpação das contas da instituição.
Segundo a Procuradoria, os três acusados teriam contornado normas bancárias em uma operação de refinanciamento de 2,2 bilhões de euros, concluída em 2019. O objetivo seria financiar plantas siderúrgistas ligadas ao Gupta Family Group Alliance, grupo ligado a Sanjeev Gupta. A investigação sustenta que a operação contribuiu para a falência do banco.
Entre os envolvidos, dois eram membros do conselho de administração e outro integrava o conselho supervisor. A declaração oficial afirma haver suspeita de que os acusados apresentaram de forma deliberada dados de empréstimos como se fossem venda de recebíveis de baixo risco e em conformidade regulatória.
Lex Greensill não está entre os acusados, segundo as autoridades de Bremen. O Greensill Bank ficou conhecido por financiar cadeias de suprimentos e ter contratado o ex-primeiro ministro britânico David Cameron como assessor remunerado. O banco faliu em 2021, sob dúvidas sobre empréstimos ao grupo GFG.
O caso amplia o desdobramento jurídico da queda do Greensill. Desde 2021, a Serious Fraud Office do Reino Unido investiga supostos desvios ligados a empresas do GFG e aos acordos de financiamento com a Greensill Capital UK. Não há indicação de envolvimento direto das empresas do GFG na investigação alemã.
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