- Asylum seekers não estão abusando do sistema de escravidão moderna de forma generalizada, aponta relatório do Bright Blue.
- O estudo aponta evidências limitadas de abuso e sustenta que 90% das referências apresentavam base para classificar como vítima.
- Dados indicam que 97% das referências chegam de órgãos públicos, como Border Force, polícia, autoridades locais e o próprio Home Office.
- O relatório sugere que as propostas de Mahmood para reformar as regras terão efeito limitado na redução de pedidos de asilo.
- Propõe um sistema com detecção precoce de tráfico e escravização, para eliminar abusos reais sem dificultar a proteção de quem precisa.
O estudo da Bright Blue afirma que asylum seekers no Reino Unido não estão abusando do sistema de escravização moderna de forma generalizada. O relatório contesta declarações de secretários de Interior anteriores e aponta evidência limitada de uso indevido para evitar deportações.
Segundo a análise, há resistência de parte das autoridades quanto ao volume de fraudes, mas o texto ressalva que a maior parte das referências decorre de ações de órgãos públicos. O estudo indica que 97% das referências são feitas por entidades públicas, como Border Force, polícia, autoridades locais e o próprio Home Office.
A pesquisa revela ainda que 90% dos casos referidos tinham bases razoáveis para a classificação de vítima, sugerindo baixa incidência de abuso generalizado. Entretanto, a maioria dos casos identificados não resulta em permissão de residência permanente, resultando principalmente em compensação ou autorização temporária.
A Bright Blue sugere mudanças no sistema com foco na detecção precoce de tráfico e escravização, para reduzir tentativas de abuso. Os autores defendem que o governo treine primeiros respondedores e, em caso de detenção, a remoção de novas referências para casos já avaliados.
Contexto histórico e implementação
O sistema de escravização moderna foi criado em 2015, sob a gestão de Theresa May, com o objetivo de identificar possíveis vítimas de tráfico e escravização. Desde então, o número de referidos cresceu de pouco mais de 3 mil para cerca de 19 mil no último ano, segundo o relatório.
Propostas públicas e desdobramentos
Shabana Mahmood, atual secretária de Interior, prometeu reformar as regras, porém o estudo aponta que tais mudanças podem ter efeito limitado sobre o volume de solicitações. Mahmood sinalizou propostas para o início do próximo ano, com foco em alterações que acelerem a detecção de casos.
Observações finais
O documento argumenta que não há demanda para uma reedição das regras apenas para reduzir números de pedidos, defendendo também maior vigilância de órgãos de resposta inicial. O gabinete de Mahmood respondeu reiterando que as reformas visam identificar vulneráveis e reduzir abusos no sistema.
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