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Glòria Pallarès vence principal prêmio de jornalismo anticorrupção

Glòria Pallarès recebe o ACE Award, em Doha, pela investigação que expôs esquema de apoio da ONU usado para obter contratos com comunidades indígenas e florestas

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Mongabay contributor Glòria Pallarès won the ACE Award in Doha, Qatar. Image courtesy of the ACE Award.
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  • Glòria Pallarès ganhou o Anti-Corruption Excellence (ACE) Award, na edição de número nove, em Doha, em 16 de dezembro.
  • A investigação publicada em janeiro de 2024 mostrou um esquema em que empresas registradas no Peru, Bolívia e Panamá usavam alegadas backing da ONU para obter contratos com comunidades indígenas, com direitos econômicos sobre mais de 9,5 milhões de hectares de florestas.
  • Os acordos foram firmados sem o consentimento pleno das comunidades, e costumavam trazer promessas de empregos, desenvolvimento local e, em alguns casos, retorno financeiro com créditos de carbono e green bonds.
  • O prêmio destacou, ainda, que o povo Matsés, no Peru, rejeitou um contrato com a empresa de fachada Get Life que mirava centenas de milhares de hectares de terra indígena.
  • Em maio de 2025, Pallarès recebeu menção honrosa no Trace Prize pelo trabalho, reconhecendo outras investigações transfronteiriças de corrupção ambiental.

Glòria Pallarès recebeu o ACE Award, na 9ª edição, em Doha, no dia 16 de dezembro, por sua investigação sobre financiamento florestal corrupto. O prêmio celebra reportagens que combatem a corrupção ambiental, com apoio de uma seleção independente.

A investigação publicada em janeiro de 2024 revelou um esquema em que empresas de Peru, Bolívia e Panamá usavam falsas alegações de backing da ONU para obter contratos com comunidades indígenas. Ao todo, teriam garantido direitos econômicos sobre mais de 9,5 milhões de hectares de florestas.

Os acordos foram fechados sem o consentimento adequado das comunidades e prometeram empregos, desenvolvimento local e retorno financeiro com créditos de carbono e bonds verdes. O trabalho também destacou a atuação da Matsés, povo que contestou parte dos contratos.

Premiação e impactos

A gestora de pesquisa destacou que a investigação estendeu-se por mais de uma década, expondo irregularidades na governança florestal e de carbono. A repercussão levou comunidades a contestar ou rescindir contratos, principalmente no Peru e na fronteira com a Bolívia e o Panamá.

Além disso, em maio de 2025, Pallarès recebeu menção honrosa no Trace Prize, por trabalhos transfronteiriços de corrupção ambiental. O Prêmio Trace reconheceu, ainda, outras reportagens sobre contrabando e práticas ilegais ligadas a recursos naturais.

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