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Centenas de milhares deslocados pela expansão da insurgência em Moçambique

Mais de 300 mil deslocados desde julho, com violência contra civis em alta e ajuda humanitária reduzida, enquanto o conflito persiste em Cabo Delgado

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Displaced women in Naminawe, near Pemba, in Mozambique.
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  • Mais de 300 mil pessoas foram deslocadas desde julho pela insurgência do Estado Islâmico em Moçambique, elevando o total de deslocados no país para mais de 1 milhão.
  • A violência contra civis continua e os três componentes — Moçambique, Rwanda e forças locais — não conseguiram pôr fim ao conflito; em novembro houve mais de 100 mil deslocados nesse mês.
  • Em novembro, o total de deslocados já passava de 350 mil; o avanço dos insurgentes levou-os a chegar à província de Nampula, no norte.
  • Ao longo de 2025, ocorreram 549 mortes em 302 ataques, com a maioria das fatalidades entre civis; desde 2017, quase 2.800 civis morreram, majoritariamente por ações do grupo extremista.
  • A resposta humanitária enfrenta atrasos e cortes de financiamento: os ajuda estimados em 195 milhões de dólares neste ano representam apenas 55% da necessidade.

Mais de 300 mil deslocados desde julho, em meio a uma insurgência ligada ao Estado Islâmico no norte de Moçambique, sinalizam falhas em frear o conflito. Sem uma estratégia eficaz, autoridades enfrentam pressão crescente.

A atuação envolve o Exército moçambicano e uma força regional liderada pela Ruanda, ambas mobilizadas desde 2021 para conter os ataques em Cabo Delgado. As operações visam conter os insurgentes e proteger civis, mas a violência persiste.

Entre novembro e dezembro, o número de deslocados aumentou para mais de 350 mil, com o sul de Cabo Delgado recebendo ataques que levaram a novos êxodos. O fenômeno já inclui múltiplos deslocamentos por famílias inteiras.

No balanço de 2024, ao menos 549 mortes foram registradas em 302 ataques, majoritariamente de civis, segundo o ACLED. Desde 2017, quase 2,8 mil civis foram mortos pela atuação de IS, com participação de forças locais em parte dos casos.

O governo de Moçambique, sob o presidente Daniel Chapo, sinaliza abertura a diálogo com os insurgentes. Analistas consideram que uma negociação deveria envolver comunidades locais para obter impacto real.

Especialistas lembram que o foco militar está parcialmente na proteção de grandes empreendimentos, como o projeto de LNG de 20 bilhões de dólares. A retomada de atividades estatais dependerá de equilíbrio entre segurança e desenvolvimento.

Organizações humanitárias destacam o agravamento das condições para civis deslocados. O financiamento previsto este ano ficou abaixo do necessário, com cerca de 195 milhões de dólares mobilizados até o momento, menos da metade do que se esperava.

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