- Tribunal na Rússia condenou Sergei Udaltsov, líder do movimento Esquerda Fronteira, por justificar terrorismo e o sentenciou a seis anos de prisão.
- Udaltsov é opositor de Vladimir Putin e tem ligações com o Partido Comunista; a prisão ocorreu após ele ter sido preso no ano passado.
- A acusação diz que o veredito se baseia em um artigo que Udaltsov publicou online em apoio a um grupo de ativistas atribuído a formar uma organização terrorista.
- O grupo de ativistas citado foi condenado mais cedo neste mês, recebendo penas entre 16 e 22 anos de prisão.
- O tribunal informou que o ativista cumprirá a pena em uma colônia penal de segurança máxima; Udaltsov reagiu chamando a decisão de vergonhosa e anunciou greve de fome.
A corte russa julgou nesta quinta-feira um ativista pró-guerra e crítico de Vladimir Putin, condenado por justificar o terrorismo e sentenciado a seis anos de prisão. Sergei Udaltsov, líder do movimento Esquerda Frontal e afiliado ao Partido Comunista, foi preso no ano passado. A decisão veio de um tribunal de Moscou.
Segundo o portal independente Mediazona, as acusações teriam parte de um artigo que Udaltsov publicou online, em apoio a outro grupo de ativistas acusados de formar uma organização terrorista. Esses ativistas já foram condenados neste mês, recebendo penas entre 16 e 22 anos.
O tribunal determinou que Udaltsov cumpra a pena em uma colônia penal de segurança máxima. Ele já foi figura de destaque nas manifestações de 2011-2012, e participou de reuniões com o então presidente Dmitry Medvedev em 2012.
Contexto
Autoridades russas têm intensificado o combate a dissidência e liberdade de expressão após a invasão da Ucrânia. Relatórios de organizações de direitos apontam prisões, fechamento de espaços de mídia independente e ações contra diversos grupos da sociedade civil.
Além de Udaltsov, outros casos envolvendo lideranças de opositores já resultaram em longas sentenças. Em dezembro de 2023, ele foi condenado a trabalhar 40 horas por violação de procedimentos de organização de ato público em Red Square, segundo Tass.
Desdobramentos
Udaltsov já cumpriu parte de uma condenação anterior, de 4,5 anos, por seu papel em uma manifestação de 2012 contra Putin; ele foi solto em 2017. A defesa sustenta que as acusações são fabricadas e politicamente motivadas. Não houve espaço para entrevistas oficiais no momento.
Repercussões
A decisão permanece sob observação de grupos de direitos humanos, que destacam riscos à liberdade de expressão e ao direito de organização cívica. A imprensa independente tem sido alvo de fiscalizações e restrições em várias regiões.
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