- A Munich Security Conference convidou membros do Bundestag da AfD para a edição de 2026, encerrando dois anos de exclusão do partido de direita radical.
- A decisão ocorreu após o senador JD Vance criticar a exclusão em um discurso durante o evento deste ano.
- A organização disse que a MSC é gerida por uma fundação privada e que, anteriormente, o critério de convite incluía parlamentares de todos os partidos representados no Bundestag; a lista ainda não está finalizada.
- Atualmente, cerca de 10 deputados da AfD atuam na comissão de assuntos exteriores e mais nove na comissão de defesa; a líder do partido, Alice Weidel, afirmou não ter recebido convite para 2026.
- Há opiniões divergentes: alguns veem a medida como normalização da AfD, outros alertam para riscos de segurança e de acesso a conteúdos confidenciais.
O Munich Security Conference (MSC) convidou membros do AfD, partido de direita radical da Alemanha, para participar de sua conferência anual de defesa em 2026. A decisão ocorre após dois anos de exclusão do partido, criticada por autoridades americanas e outros participantes.
Organizadores confirmaram o retorno, afirmando que a MSC é uma fundação privada e independente, sem obrigação de convidar todos os grupos representados no Bundestag. O objetivo é incluir parlamentares dos comitês de assuntos exteriores e de defesa, conforme o princípio que já havia sido aplicado antes de 2024.
A mudança surge após o vice-presidente dos EUA, JD Vance, criticar a exclusão em discurso nesta edição do MSC. Vance acusou Berlim de silenciar a liberdade de expressão ao afastar o AfD, que é visto como anti-imigração e com ligações ao Kremlin.
O MSC informou que a convidada é a bancada do AfD no Bundestag, com destaque para membros dos comitês relevantes. Estima-se que cerca de 10 deputados do AfD integrem o comitê de assuntos exteriores e algumas dezenas atuem no de defesa.
A portavoz do MSC afirmou que a decisão é tomada de forma independente pela instituição, sem explicações adicionais. A lista de convidados ainda seria ajustada, segundo o órgão organizador.
Antes, o AfD manteve aproximações com movimentos de direita internacionais. A posição de impede a participação do partido em formatos confidenciais permanece sob avaliação interna.
Analistas divergem sobre o impacto da nova política. Um deles contesta a justificativa institucional, enquanto outro avalia que a MSC busca evitar acusações de censura e ampliar o escopo de debates com atores globais.
A decisão ocorre em meio a debates internos na Alemanha sobre como lidar com o crescimento do AfD, que obteve expressivas votações nas últimas eleições, tornando-se a maior força de oposição no Parlamento.
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