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Estudantes apoiam protestos contra custo de vida no Irã

Estudantes iranianos se unem aos protestos contra o custo de vida; inflação anual de 52% em dezembro e uso de gás pela polícia

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Manifestantes protestam, pelas ruas de Teerã, contra as condições econômicas e a moeda do Irã. Créditos: HANDOUT / FARS NEWS AGENCY / AFP
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  • Estudantes iranianos se somaram aos protestos contra o alto custo de vida e a hiperinflação, em pelo menos dez universidades, com sete delas em Teerã.
  • Em dezembro, os preços subiram, em média, 52 por cento em relação a igual mês do ano anterior, segundo o Centro de Estatísticas Iraniano.
  • As forças de segurança foram mobilizadas em vias estratégicas de Teerã; houve uso de gás lacrimogêneo e escolas, bancos e prédios públicos foram fechados em Teerã e outras regiões por frio e para economizar energia, segundo a imprensa estatal.
  • O rial atingiu novo mínimo histórico no mercado paralelo, acima de 1,4 milhão de riais por dólar, com a moeda em rápida desvalorização.
  • O governo anunciou a substituição do presidente do Banco Central, Abdolnasser Hemmati, que assume o cargo na quarta-feira, retornando ao posto após ter ocupado anteriormente entre 2018 e 2021.

Estudantes iranianos passaram a integrar o movimento de protesto que ganhou força entre comerciantes em meio ao custo de vida elevado e à hiperinflação. Os protestos se espalharam por várias cidades do país, marcando o terceiro dia de mobilização.

A onda de manifestações ocorre em um contexto de séria desvalorização da moeda local e de restrições impostas por sanções ocidentais. Em dezembro, o aumento médio de preços foi de 52% em termos anuais, conforme dados do Centro de Estatísticas Iraniano.

Os protestos, iniciados no maior mercado de celulares de Teerã no fim de semana, chegaram a pelo menos dez universidades, segundo agências locais. Em Teerã, escolas e áreas centrais viram apoio de forças de segurança, com registro de uso de gás lacrimogênio para dispersão.

Protestos estudantis em universidades

Entre as instituições atingidas, sete ficam em Teerã, incluindo algumas das mais reconhecidas do país. Em Isfahan, Yazd e Zanjan também houve movimentação estudantil, conforme relatos da Ilna e da Irna, entidades ligadas à imprensa estatal.

Na capital, a AFP observou mobilização das forças de ordem nas vias principais e nas cercanias de universidades. A medida foi tomada enquanto lojistas enfrentavam dificuldades para manter as transações diante da volatilidade cambial.

Medidas oficiais e contexto econômico

Em resposta à crise, o governo anunciou o fechamento de escolas, bancos e prédios públicos em Teerã e outras regiões, por questões de frio e economia de energia. O Parlamento pediu ações para ampliar o poder aquisitivo da população, ao mesmo tempo em que alertou sobre o risco de instrumentalização dos protestos.

O rial atingiu novo mínimo histórico em relação ao dólar no fim de semana, com cotações no câmbio informal acima de 1,4 milhões de riais por dólar. Na segunda-feira houve uma recuperação parcial.

Para manter a economia, o governo indicou a substituição do presidente do Banco Central, que deixará o cargo para um retorno do ex-ocupante Abdolnasser Hemmati, anunciado para assumir em breve. A mudança ocorre em meio à forte desvalorização do rial.

Fonte oficial aponta que muitos comerciantes suspenderam transações para evitar perdas, enquanto manifestantes relatam impacto direto da desvalorização na vida cotidiana. As autoridades afirmaram que as pautas são legítimas e devem ser ouvidas.

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