- Juíza federal em São Francisco bloqueou o fim do TPS para hondurenhos, nepaleses e nicaraguenses.
- A decisão aponta possível motivação racial por trás das tentativas de encerrar o programa.
- A magistrada cita declarações de Donald Trump e da secretária Kristi Noem como parte do racismo alegado.
- O Temporary Protected Status permite que pessoas permaneçam e trabalhem nos EUA quando o país de origem enfrenta desastres naturais ou outros eventos extraordinários.
- Estima-se que participam do programa cerca de 72 mil hondurenhos, 13 mil nepaleses e 4 mil nicaraguenses.
Uma juíza federal de San Francisco bloqueou a suspensão do TPS para Honduras, Nepal e Nicarágua, impedindo a retirada das proteções de deportação para milhares de migrantes. A decisão foi proferida nesta quarta-feira, após questionamentos sobre motivação racial na medida da administração Trump.
Thompson considerou que a administração não avaliou adequadamente as condições nos três países para o retorno dos beneficiários. Ela citou declarações do então presidente Donald Trump e da secretária Kristi Noem, associando imigrantes a criminosos e a um suposto custo para a sociedade norte-americana.
O TPS impede deportação e autoriza a autorização de trabalho para quem já está nos EUA caso o país de origem enfrente desastres naturais ou outros eventos extraordinários. Segundo a juíza, há indícios de animosidade racial nas ações que buscam encerrar o programa para esses grupos.
Contexto e números do programa
Segundo estimativas do Departamento de Segurança Interna, o TPS atende cerca de 72 mil hondurenhos, 13 mil nepaleses e 4 mil nicaraguenses. A decisão de Thompson ocorre em um cenário de disputas judiciais sobre encerramentos de TPS em outros casos, inclusive envolvendo venezuelanos.
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