Detalhe de um dos documentos desclassificados sobre o médico nazista Josef Mengele, que fugiu para a Argentina após a Segunda Guerra Mundial. (Foto: Archivo General de la Nación)

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Argentina divulga documentos sobre Josef Mengele e outros nazistas fugitivos - Argentina divulga documentos sobre Josef Mengele e outros nazistas fugitivos

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Josef Mengele, conhecido como "Anjo da Morte", chegou a Buenos Aires em 22 de junho de 1949. Ele entrou no país com um passaporte falso, sob o nome de Helmut Gregor, buscando escapar da justiça após a Segunda Guerra Mundial. Os documentos recentemente desclassificados pelo Arquivo Geral da Nação da Argentina revelam detalhes sobre sua vida e a de outros nazistas no país.

Mengele, que realizou experimentos cruéis em prisioneiros no campo de concentração de Auschwitz, viveu impunemente na Argentina por anos. Em 1956, ele solicitou um novo documento de identidade sob seu verdadeiro nome, Jose Mengele, e se estabeleceu em Buenos Aires. O governo argentino, sob a liderança de Javier Milei, decidiu tornar acessíveis quase 2 mil documentos que detalham a presença de nazistas no país, incluindo Adolf Eichmann, capturado em 1960.

Os arquivos, que estavam restritos desde 1992, agora podem ser consultados online. O chefe de gabinete, Guillermo Francos, afirmou que o Estado argentino não tem mais motivos para manter essas informações em sigilo. Os documentos mostram que Mengele e outros fugitivos usaram rotas clandestinas, conhecidas como "Ratlines", para chegar à Argentina, onde foram acolhidos por redes de apoio.

Além de Mengele, o material inclui informações sobre Eichmann, que entrou no país em 1950 com um passaporte da Cruz Vermelha. Ele viveu em San Fernando, na Grande Buenos Aires, até ser capturado. Os arquivos também revelam que Mengele temia ser descoberto, especialmente após a prisão de Eichmann. Após a pressão internacional, Mengele fugiu para o Paraguai e, posteriormente, para o Brasil, onde morreu em 1979.

Os documentos desclassificados também abordam a vida de outros nazistas na Argentina, como Erich Priebke, que viveu em Bariloche até ser extraditado para a Itália em 1995. A liberação desse material é um passo importante para entender como a Argentina se tornou um refúgio para criminosos de guerra após o Holocausto.

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