26 de mai 2025

Coastguards gregos são acusados por naufrágio de migrantes em 2023
Dezessete membros da Guarda Costeira da Grécia são acusados de crimes após o naufrágio do barco Adriana, que deixou até 650 mortos.
Foto:Reprodução
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A Guarda Costeira da Grécia enfrenta um avanço significativo em um caso de grande repercussão. Dezessete membros da corporação foram acusados de crimes relacionados ao naufrágio do barco Adriana, que ocorreu em 14 de junho de 2023. O incidente, que resultou na morte de até 650 pessoas, é considerado o pior desastre de migrantes no Mediterrâneo em uma década.
Sobreviventes relataram que a guarda costeira grega teria causado o naufrágio ao tentar rebocar a embarcação superlotada. Um dos sobreviventes, identificado como Ahmad, afirmou que a operação foi desastrosa e que testemunhas foram silenciadas. As autoridades gregas sempre negaram as acusações.
O Promotor Adjunto do Tribunal Naval de Piraeus determinou que os acusados, incluindo o capitão do navio da guarda costeira, enfrentem acusações de "causar um naufrágio" e "expor outros ao perigo". O capitão é responsabilizado pela morte de pelo menos 82 pessoas, número correspondente aos corpos recuperados, embora se estime que até 500 pessoas possam ter morrido.
Detalhes do Caso
O barco Adriana, que partiu da Líbia com cerca de 750 pessoas, estava sob monitoramento da guarda costeira por 15 horas antes de afundar. Apenas 104 sobreviventes foram resgatados. A tragédia ocorreu em águas internacionais, mas dentro da zona de resgate da Grécia. Entre os acusados estão também altos oficiais da guarda costeira, que enfrentam acusações de "exposição de outros ao perigo".
A equipe jurídica que representa os sobreviventes considera as acusações um passo importante em direção à justiça. A decisão de processar os membros da guarda costeira é vista como um avanço significativo após quase dois anos de investigação. Os acusados serão interrogados nas próximas semanas, e o tribunal decidirá se os casos irão a julgamento.
A Guarda Costeira da Grécia já declarou anteriormente que respeita os direitos humanos e que resgatou mais de 250 mil pessoas no mar na última década. As repercussões deste caso continuam a ser acompanhadas de perto, à medida que novos detalhes emergem.
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