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ONU inicia Semana do Clima na África com meta de US$ 3 trilhões para transição verde

A Semana do Clima da ONU destaca a urgência de ações climáticas e a necessidade de um novo financiamento para a África

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
A capital da Etiópia, Adis Abeba, sedia a Semana do Clima da ONU e a Cúpula da África até 10 de setembro (Foto: Reprodução)
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  • A COP30 ocorrerá em Belém do Pará em menos de 80 dias, com foco nas mudanças climáticas.
  • A Semana do Clima da ONU em Adis Abeba, que vai até 6 de setembro, destaca a urgência de ações climáticas e o papel da África.
  • O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, enfatizou a necessidade de ação imediata e ousada.
  • A Cúpula do Clima da África, de 8 a 10 de setembro, deve resultar na Declaração de Adis Abeba, que pedirá um novo sistema financeiro que reconheça a dívida climática.
  • A África, que representa menos de 4% das emissões globais, busca aumentar sua capacidade de energia renovável de 56 gigawatts para 300 gigawatts até 2030.

A menos de 80 dias da COP30 em Belém do Pará, a Semana do Clima da ONU em Adis Abeba destaca a urgência de ações climáticas e o papel da África nas discussões sobre financiamento e transição energética. O evento, que ocorre até 6 de setembro, visa amplificar as vozes do Sul Global, enfatizando que este não é um papel de coadjuvante, mas de protagonista na luta contra a crise climática.

O Primeiro-Ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, afirmou que “não é momento para retórica, mas para ação ousada”. A expectativa é que a Cúpula do Clima da África, programada para os dias 8 a 10 de setembro, resulte na Declaração de Adis Abeba, que unificará as demandas africanas por uma nova ordem financeira que reconheça a dívida climática. O continente, que representa menos de 4% das emissões globais, enfrenta os piores impactos das mudanças climáticas, perdendo pelo menos 5% do PIB devido a eventos extremos.

Desafios e Oportunidades

A África busca aumentar sua capacidade de energia renovável de 56 GW para 300 GW até 2030, com a meta de um sistema 100% renovável até 2050. Apesar de possuir 60% do potencial solar mundial, o continente recebe apenas 2% do investimento global em energia. A Agência Internacional de Energia (AIE) aponta que a economia africana poderia quadruplicar até 2040, utilizando apenas 50% a mais de energia.

A adaptação climática é uma prioridade, com a necessidade de US$ 579 bilhões entre 2020 e 2030. Atualmente, os fluxos financeiros são de cinco a dez vezes inferiores ao necessário. Um relatório do World Resources Institute indica que cada dólar investido em adaptação pode gerar mais de US$ 10 em benefícios.

Caminho para a COP30

O Quênia apresentará um balanço da Declaração de Nairóbi em 8 de setembro, avaliando a implementação das metas climáticas. A participação de líderes africanos na COP30 enfrenta desafios, como o alto custo das hospedagens em Belém, levando alguns a solicitar a mudança da sede do evento. O embaixador André do Lago garantiu que o governo brasileiro está trabalhando para acomodar as delegações dos 72 países mais vulneráveis.

A urgência das discussões em Adis Abeba reflete a necessidade de um novo sistema financeiro que atenda às demandas climáticas da África, reforçando que a justiça climática é essencial para qualquer solução global.

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