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Brasil pode enfrentar desafios sem Google, Meta, Amazon e Apple em sua economia

Governo Lula avalia taxar big techs para pressionar EUA a rever tarifas sobre produtos brasileiros, enquanto especialistas defendem regulação.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Big techs foram citadas em carta de Trump sobre tarifas para o Brasil (Foto: Dongyu Xu/Adobe Stock)
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  • O governo Lula estuda taxar as big techs como forma de pressionar os Estados Unidos a rever as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
  • As empresas envolvidas incluem Meta, Amazon, Microsoft, Google e Apple, que são essenciais para o mercado brasileiro.
  • O Brasil possui 116 milhões de usuários digitais ativos, com 86% da população utilizando redes sociais.
  • O país enfrenta um déficit em data centers, com 60% das informações processadas em servidores estrangeiros.
  • A regulação das big techs é debatida após mudanças no Marco Civil da Internet, visando responsabilizar redes sociais por conteúdos ilegais.

Em meio a tensões comerciais com os Estados Unidos, o governo Lula considera taxar as big techs como uma estratégia para pressionar Washington a rever as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. As gigantes da tecnologia, como Meta, Amazon, Microsoft, Google e Apple, estão no centro dessa disputa, que se intensificou após a imposição das tarifas.

O Brasil, com 116 milhões de usuários digitais ativos, enfrenta um dilema: a dependência das plataformas americanas é profunda. Cerca de 86% da população utiliza redes sociais, e serviços como Amazon Web Services e Android são essenciais para o funcionamento de empresas no país. Especialistas, como Guilherme Klafke, professor da Fundação Getulio Vargas, afirmam que um cenário sem essas empresas é improvável, dado o enraizamento de suas plataformas na cultura brasileira.

Dependência e Alternativas

A dependência do Brasil em relação às big techs se consolidou ao longo dos anos, principalmente pela falta de concorrentes nacionais. Enquanto países como a China desenvolveram suas próprias plataformas, o Brasil se tornou refém de serviços estrangeiros. Klafke ressalta que mudar essa realidade exigiria um esforço significativo, pois a migração para alternativas poderia resultar em prejuízos financeiros e operacionais.

Além disso, o Brasil enfrenta um déficit em data centers, com 60% das informações processadas em servidores estrangeiros. O governo tenta mitigar essa situação com o plano Redata, que visa atrair investimentos para a construção de data centers no país. A interrupção dos serviços das big techs poderia levar a um isolamento internacional, semelhante ao que ocorre na Rússia, onde a população enfrenta severas restrições de acesso à internet.

Regulação em Debate

A discussão sobre a regulação das big techs ganhou força após mudanças no Marco Civil da Internet, que busca responsabilizar redes sociais por conteúdos ilegais. Camila Vidal, professora de relações internacionais da Universidade de Santa Catarina, defende que a regulação é essencial para controlar a influência dessas empresas, ao invés de buscar sua eliminação do mercado.

Com o Brasil se posicionando como um mercado relevante para as big techs, o governo possui um certo poder de barganha nas negociações com os EUA. A pressão sobre essas empresas pode ser uma estratégia eficaz, considerando que o país é um dos maiores consumidores de seus produtos e serviços.

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