Vizinhos de Bolsonaro reclamam de barulho e tumulto no condomínio em Brasília

Os moradores do condomínio onde Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar em Brasília expressaram preocupações com a movimentação de apoiadores do ex-presidente. Desde a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão por descumprimento de medidas cautelares, a presença de manifestantes tem gerado transtornos na região.

As queixas foram compartilhadas em um grupo de WhatsApp, onde os residentes relataram dificuldades para acessar o local devido ao trânsito intenso e ao barulho causado pelos apoiadores. Um morador descreveu a situação como "uma loucura aqui fora", enquanto outro expressou receio de que acampamentos sejam montados nas proximidades, afirmando que isso tornaria a entrada e saída do condomínio impossível.

Em resposta às reclamações, o síndico do condomínio limitou as discussões políticas no grupo, enfatizando que o foco deve ser a convivência pacífica entre os moradores. No entanto, um condômino ironizou a decisão, sugerindo que a situação poderia ser considerada um "problema enfrentado na sua quadra com animais".

Visita de Flávio Bolsonaro

Após a decisão de Moraes, Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, visitou Jair Bolsonaro e criticou a postura do ministro, alegando que ele "ultrapassou a linha ética". A prisão domiciliar foi imposta após Bolsonaro participar de uma manifestação contra o STF, onde fez declarações que foram interpretadas como desrespeito às restrições impostas pela Corte.

A casa onde Bolsonaro reside é alugada e custeada pelo PL, partido do qual é presidente de honra. Localizada no Solar de Brasília, a propriedade fica a cerca de 10 km do Congresso Nacional, o que pode ser percorrido em aproximadamente 20 minutos de carro, dependendo do trânsito.