MP aponta fraude de R$ 114 mi em licitações de terras no Pará por chefe do PSB
Operação Hades investiga Dr. Daniel Santos por fraudes em licitações de R$ 114,5 milhões e suspeitas de corrupção passiva e lavagem de capitais

Dr. Daniel Santos (Foto: Reprodução)
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O Tribunal de Justiça do Pará afastou o prefeito de Ananindeua, Dr. Daniel Santos, e autorizou a Operação Hades, que investiga fraudes em licitações e indícios de corrupção passiva, lavagem de capitais e organização criminosa. A decisão foi tomada na terça-feira, 5, após o Ministério Público apresentar documentos que revelam evidências de irregularidades em seis licitações da Prefeitura, totalizando R$ 114,5 milhões.
As fraudes, ocorridas entre 2021 e 2023, envolvem contratos para conservação de escolas, construção de mercados e manutenção de unidades de saúde. O MP identificou cláusulas ilegais nos editais, além de vínculos entre o funcionário responsável pela concorrência e as empreiteiras Edifikka e DSL Construtora, ambas de um mesmo proprietário.
Além das licitações, surgiram novas informações sobre a ascensão patrimonial de Dr. Daniel. Em 2020, ele adquiriu três fazendas em Tomé-Açu por R$ 16 milhões, com pagamento em espécie. A proprietária das terras afirmou que o prefeito utilizou um sócio das empreiteiras para realizar pagamentos em veículos, levantando suspeitas sobre a origem do dinheiro.
O MP considera que os indícios apontam para possíveis infrações criminais cometidas por Dr. Daniel, que nega as acusações e afirma ser alvo de perseguição política. Ele atribui a situação ao governador Helder Barbalho, seu adversário, e defende que seu patrimônio é resultado de trabalho legítimo.
Apesar do afastamento, Dr. Daniel permanece na presidência do PSB no Pará, partido que integra a base do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. A Operação Hades segue em sigilo, mas as investigações continuam a revelar um cenário complexo de corrupção na política local.
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