Obra no antigo Colégio Bennett, no Flamengo, ignora paralisação do Iphan
Iphan suspende obras em condomínio no Flamengo enquanto moradores denunciam demolição irregular de prédios e questionam futuro do patrimônio tombado

Palacete de 1859 da Rua Marquês de Abrantes 55 que pertenceu ao colégio Bennett (Foto: Carlos Ivan/ O Globo)
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O projeto de construção de um condomínio na Rua Marquês de Abrantes, no Flamengo, enfrenta novos desafios. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) suspendeu as obras, mas moradores relatam que a demolição dos prédios continua. Vídeos recentes mostram trabalhadores no local, manuseando retroescavadeiras.
O terreno, que abrigou o Colégio Bennett até 2020, foi adquirido por R$ 60 milhões em leilão e é tombado desde 2014. A suspensão das obras foi solicitada pela deputada estadual Dani Balbi (PCdoB), que alertou sobre os impactos na paisagem protegida da região, que inclui o Conjunto Paisagístico da Enseada de Botafogo e a Igreja da Santíssima Trindade.
Reuniões e Preocupações
Moradores, como Elisa Borges, expressam preocupação com o impacto da construção no bairro. Em uma reunião com o Instituto Rio Patrimônio e a Subprefeitura da Zona Sul, não houve definições claras sobre o futuro do projeto. Borges questiona sobre o uso do casarão tombado e os efeitos do estacionamento subterrâneo no solo.
A construtora TGB Imóveis, responsável pelo empreendimento, afirma que a movimentação no terreno se limita à demolição dos prédios em estado precário. A empresa garante que o casarão tombado será reformado, conforme a legislação municipal. Em nota, a TGB destaca que todos os trâmites legais foram seguidos e que haverá uma reunião com a Associação de Moradores para discutir o projeto.
Detalhes do Empreendimento
O condomínio de alto padrão terá cerca de 350 apartamentos e ocupará pouco mais de 5 mil metros quadrados de um total de 15 mil metros quadrados do terreno. Apesar da construção, o Colégio Pensi e a faculdade Uninassau continuarão suas atividades, após acordo com os novos proprietários.
A TGB também fez concessões, como a redução do número de edifícios de cinco para dois e a utilização de apenas 50% do potencial construtivo do terreno. A empresa se comprometeu a manter o diálogo com a comunidade e os órgãos públicos, buscando atender às demandas locais.
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