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08 de ago 2025

México denuncia Adidas por apropriação cultural em sandálias 'Oaxaca slip-on'

Designer Willy Chavarria e Adidas enfrentam críticas por apropriação cultural em sandálias que imitam design tradicional de Oaxaca.

Willy Chavarría, o designer, em uma foto divulgada em suas redes sociais. (Foto: RR SS)

Willy Chavarría, o designer, em uma foto divulgada em suas redes sociais. (Foto: RR SS)

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O designer Willy Chavarria e a Adidas estão no centro de uma controvérsia por apropriação cultural após o lançamento das sandálias Oaxaca Slip-On. O modelo, que imita um design tradicional da região de Oaxaca, foi criticado por não ter a devida autorização da comunidade local de Villa Hidalgo Yalalag.

Chavarria reconheceu a falta de colaboração com a comunidade e expressou seu pesar pela utilização do nome Oaxaca sem consentimento. Em suas palavras, "lamento profundamente que este desenho tenha se apropriado do nome e não tenha sido desenvolvido em associação direta e significativa da comunidade de Oaxaca." A presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou que o governo está revisando o caso para garantir que não houve usurpação cultural.

Reações do Governo

A presidente destacou que a apropriação cultural pode ter consequências econômicas e que é necessário um ressarcimento, pois se trata de uma propriedade intelectual coletiva. O governador de Oaxaca, Salomón Jara, também se manifestou, afirmando que uma denúncia formal contra a Adidas está sendo considerada. Ele enfatizou que a adoção de elementos culturais sem consentimento é uma violação dos direitos coletivos.

O Instituto Nacional de Pueblos Indígenas (INPI) também condenou o design, classificando-o como apropriação cultural indevida. O órgão afirmou que iniciará ações para proteger o patrimônio cultural da comunidade, de acordo com suas atribuições legais.

Contexto Histórico

A polêmica em torno das sandálias não é um caso isolado. O governo mexicano já criticou outras marcas, como Carolina Herrera e Shein, por apropriações semelhantes. Em outubro de 2024, uma reforma constitucional foi aprovada, reconhecendo o direito das comunidades a preservar e desenvolver seu patrimônio cultural, incluindo a propriedade intelectual coletiva.

A situação atual ressalta a necessidade de um diálogo mais profundo sobre apropriação cultural e o respeito às tradições locais, especialmente em um contexto onde as comunidades indígenas frequentemente enfrentam marginalização e despojo de suas identidades.

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