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09 de ago 2025

Facções criam aplicativo para expandir negócios do tráfico nas zonas Oeste e Sul

Polícia Civil desmantela aplicativo que arrecadava R$ 1 milhão para facções no Rio de Janeiro e realiza prisões de envolvidos na operação

Celsinho da Vila Vintém volta a ser preso (Foto: Reprodução)

Celsinho da Vila Vintém volta a ser preso (Foto: Reprodução)

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Uma investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro revelou a criação de um aplicativo destinado ao controle do transporte alternativo e à arrecadação de recursos para o Comando Vermelho (CV). A iniciativa é resultado de uma aliança entre o CV e a facção Amigos dos Amigos (ADA), que ocorreu em uma videoconferência no início deste ano. O encontro contou com a participação de líderes das facções, incluindo Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, e Celso Luís Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém.

O aplicativo, chamado Rotax Mobili, foi utilizado por cerca de 300 mototaxistas, que foram coagidos a usá-lo exclusivamente. A ferramenta funcionou por aproximadamente três meses, permitindo que a facção gerasse um lucro estimado em R$ 1 milhão. Durante esse período, plataformas oficiais como Uber e 99 foram proibidas de operar na região, forçando os moradores a aderir ao aplicativo.

Operação Rota das Sombras

A operação, denominada Rota das Sombras, resultou na prisão de quatro pessoas, incluindo empresários e desenvolvedores do sistema. Foram cumpridos sete mandados de prisão e 12 de busca e apreensão, com apreensões que somaram cerca de R$ 300 mil em dinheiro, além de joias e veículos de luxo. O delegado Alexandre Netto, da 34ª DP (Bangu), destacou que o aplicativo era uma fonte significativa de arrecadação para o tráfico, funcionando com um sistema financeiro via Pix e vinculado a empresas de fachada.

A aliança entre CV e ADA não se limita ao tráfico de drogas, abrangendo também o controle do transporte na região. O delegado Netto enfatizou que a operação reflete um controle da mobilidade urbana, definindo quem pode entrar e sair das comunidades. Celsinho, que havia sido libertado em 2022 após cumprir 25 anos de prisão, voltou a ser detido e agora enfrenta novas acusações de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Doca também possui mandado de prisão e está foragido. O aplicativo já foi removido das lojas Google Play e Apple Store, encerrando suas operações oficialmente.

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