Ministros do Supremo discutem crise com Trump em reunião tensa com banqueiros
Ministros do STF buscam estratégias para enfrentar sanções da Lei Magnitsky e suas consequências para a política brasileira

Donald Trump (esquerda), Alexandre de Moraes (centro) e Marco Rubio (direita) — Foto: Andrew Caballero-Reynolds/AFP (esquerda e direita) e Brenno Carvalho/Agência O Globo
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Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Cristiano Zanin se reuniram com banqueiros para discutir as sanções da Lei Magnitsky, impostas pelo governo de Donald Trump ao Brasil. O encontro, que ocorreu em um clima de cordialidade, mas com tensão, teve como objetivo entender as implicações dessas sanções e as possíveis reações do governo americano.
Entre os participantes estavam André Esteves, do BTG, José Vita, do Itaú, e Alessandro Tomao, do Santander, além do presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Os banqueiros explicaram que, atualmente, as sanções afetam transações em dólar, mas não impedem os alvos de utilizarem o sistema financeiro. No entanto, a situação pode mudar, e a esposa de Moraes, Viviane Barci, pode ser atingida pela Magnitsky.
Os ministros expressaram preocupação com a escalada das sanções e o tempo que essa ofensiva pode durar. Após a reunião, o subsecretário do governo americano, Darren Beattie, reiterou que Moraes é visto como um dos principais responsáveis pela censura a Jair Bolsonaro. Além disso, Christopher Landau, do Departamento de Estado, afirmou que um juiz do STF usurpou poderes no Brasil, embora não tenha mencionado Moraes diretamente.
Essa movimentação evidencia a inquietação do STF diante da pressão externa e as repercussões que isso pode ter na política brasileira. Em um segundo encontro, Moraes e Maia se reuniram com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para discutir um acordo que possa mitigar a crise provocada pela prisão de Bolsonaro e a situação do senador Marcos do Val. A situação permanece tensa, e os desdobramentos das sanções ainda são incertos.
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