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11 de ago 2025

Telefonema pode reabrir negociações sobre tarifas comerciais entre Brasil e EUA

Governo brasileiro prepara plano de contingência após cancelamento de reunião com os EUA, intensificando tensões comerciais entre os países

Fernando Haddad e o Secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent (Foto: Diogo Zacarias/MF)

Fernando Haddad e o Secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent (Foto: Diogo Zacarias/MF)

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O governo brasileiro enfrenta um novo revés nas negociações comerciais com os Estados Unidos. A reunião agendada entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, foi cancelada, frustrando as expectativas de diálogo. O encontro, que ocorreria nesta quarta-feira, 13, tinha como objetivo discutir as tarifas de 50% impostas por Donald Trump sobre produtos brasileiros.

O cancelamento foi atribuído à "falta de disponibilidade" do secretário, uma justificativa considerada incomum por Haddad. O ministro acredita que a interferência de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro nos EUA pode ter influenciado essa decisão. A situação reflete a deterioração das relações comerciais entre os dois países, que se agravaram após a imposição das tarifas.

Medidas de Contingência

Diante desse cenário, o governo brasileiro está preparando um plano de contingência para mitigar os impactos da sobretaxa. Haddad anunciou que o pacote incluirá linhas de crédito mais acessíveis e medidas para apoiar setores afetados, como a indústria da pesca. A expectativa é que as iniciativas ajudem as empresas a se adaptarem ao novo contexto comercial.

Interlocutores do governo sugerem que o Brasil deve apresentar propostas concretas para as negociações, como a ampliação da lista de produtos isentos das tarifas. No entanto, a insistência da administração Trump em vincular as discussões a questões políticas internas do Brasil continua a ser um obstáculo significativo.

Críticas e Tensão Bilateral

A relação entre Brasil e EUA se tornou ainda mais tensa após críticas recentes da Embaixada dos EUA em Brasília ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. O governo brasileiro reitera que não incluirá questões relacionadas ao processo contra Bolsonaro nas negociações comerciais. A situação atual evidencia como o comércio pode ser utilizado como uma ferramenta política, complicando ainda mais as relações bilaterais.

Com a falta de diálogo, o governo busca alternativas para garantir que as empresas brasileiras possam se adaptar a um novo cenário comercial. A expectativa é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva converse com líderes de outros países, como a China, para discutir a conjuntura comercial e buscar novos caminhos para as relações internacionais.

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