Líderes políticos alertam sobre 'genocídio em curso' na faixa de Gaza
"The Elders" alertam sobre genocídio em Gaza e pedem ação imediata da comunidade internacional para garantir ajuda humanitária e cessar fogo

Palestinos deslocados pela guerra retornam ao campo de Jabaliya em janeiro desse ano, no norte da Faixa de Gaza, logo após implementação do cessar-fogo (Foto: Omar AL-Qattaa / AFP)
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Um grupo de ex-líderes internacionais conhecido como "The Elders" denunciou nesta terça-feira, 24 de outubro de 2023, um "genocídio" em Gaza, em meio ao aumento da violência entre Israel e Hamas. O grupo, que inclui figuras como Ban Ki-moon, ex-secretário-geral da ONU, e os ex-presidentes Ernesto Zedillo e Juan Manuel Santos, criticou a obstrução da ajuda humanitária por parte de Israel.
Em um comunicado, "The Elders" afirmaram que a situação em Gaza é alarmante, com uma fome provocada pelo homem e um número crescente de mortes. Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro, que resultou em 1.219 mortes israelenses, a resposta militar de Israel causou mais de 61.400 mortes em Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas.
Apelo por Ajuda Humanitária
O grupo pediu a Israel que abra imediatamente todos os pontos de passagem para permitir a entrada de ajuda humanitária, incluindo o ponto de Rafah. "The Elders" ressaltaram que a Convenção de 1948 sobre o genocídio está sendo ignorada, tanto por Israel quanto por membros influentes da ONU que não exigem responsabilidade.
Além disso, o grupo fez um apelo ao Hamas para que liberte os reféns israelenses ainda mantidos em Gaza. Dos 251 reféns capturados, 49 permanecem em cativeiro, com 27 já mortos, conforme informações do Exército israelense.
Chamado à Comunidade Internacional
"The Elders" também solicitaram que os governos implementem sanções específicas contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seu gabinete de segurança. O grupo celebrou iniciativas de países como França e Austrália para reconhecer um Estado Palestino e pediu o fim da venda de armas a Israel, além da suspensão do acordo de associação da União Europeia com o país.
O comunicado destaca a urgência de um cessar-fogo e a necessidade de negociações entre Israel e Hamas, enfatizando que a situação atual exige uma resposta imediata da comunidade internacional.
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