Rússia avança em território ucraniano antes de encontro entre Putin e Trump

As forças russas avançaram 16 km em território ucraniano, próximo a Pokrovsk, em um movimento estratégico antes da cúpula entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, marcada para 15 de setembro no Alasca. O avanço ocorre após meses de combates intensos, onde a Rússia busca consolidar ganhos no leste da Ucrânia.

De acordo com o grupo ucraniano DeepState, as tropas russas romperam uma parte significativa da linha defensiva ucraniana, criando um cenário caótico. O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, alertou que as forças russas estão se reposicionando para novas operações ofensivas, indicando que não há sinais de um cessar-fogo iminente.

Táticas de Pressão

Em resposta, a Ucrânia intensificou ataques a refinarias de petróleo russas, visando pressionar o Kremlin a fazer concessões nas negociações. Essa estratégia de aumentar a pressão militar antes das conversas de paz é uma tática comum entre os dois lados desde o início do conflito em 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia.

Os recentes avanços russos em Pokrovsk, uma área anteriormente crucial para o apoio logístico ucraniano, levantam preocupações sobre a vulnerabilidade das tropas ucranianas. A cidade agora está parcialmente cercada, o que pode forçar uma retirada das forças de Kiev.

Reações Internacionais

A cúpula entre Trump e Putin é vista com cautela por líderes europeus, que temem que a Rússia possa obter vantagens nas negociações. A União Europeia, com exceção da Hungria, afirmou que o caminho para a paz não pode ser decidido sem a participação da Ucrânia. Zelenski e líderes europeus se reunirão com Trump para discutir formas de pressionar Moscou antes das negociações.

A situação no campo de batalha continua a evoluir rapidamente, e as próximas 24 a 48 horas serão cruciais para determinar se a Ucrânia conseguirá conter o avanço russo. A pressão internacional sobre a Rússia e a determinação de Kiev em manter sua soberania permanecem centrais nas discussões sobre o futuro do conflito.