Vinte pessoas solicitam audiência com Bolsonaro; Moraes irá avaliar pedidos

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está em prisão domiciliar há uma semana e recebeu 20 pedidos de visita de aliados, dos quais 10 foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As visitas ocorrem em sua residência no Jardim Botânico, em Brasília, onde mora com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Entre os parlamentares que solicitaram visitas, apenas um pedido foi negado. O deputado Gustavo Gayer (GO) teve sua solicitação recusada devido a investigações em andamento. Durante esse período, Bolsonaro tem enfrentado oscilações de humor e problemas de saúde, mas continua a manter encontros políticos e familiares, além de receber médicos.

Encontros e Saúde

Na última semana, o ex-presidente comemorou o Dia dos Pais com familiares e recebeu visitas de figuras políticas, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o senador Ciro Nogueira (PP). Relatos indicam que Bolsonaro apresentou crises de soluço, resultado de uma esofagite, mas se sentiu melhor durante o fim de semana. Ele expressou tristeza ao comentar a impossibilidade de se comunicar com seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos e também é alvo de investigações.

Embora a prisão domiciliar represente um desafio para a estratégia eleitoral do PL, a articulação interna do partido parece menos afetada do que em períodos anteriores, quando Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, estavam impedidos de se comunicar. A casa de Bolsonaro deve se tornar um novo "QG do PL", onde reuniões e decisões políticas importantes ocorrerão.

Visitas e Articulações

Além de familiares, Bolsonaro recebeu a visita de médicos e advogados. O deputado Junio Amaral (PL-MG) foi um dos primeiros correligionários a ser autorizado a visitá-lo. Outros pedidos de visita continuam a ser feitos, com a expectativa de que figuras centrais do PL, como Costa Neto e o secretário-geral Rogério Marinho (RN), possam se encontrar com ele em breve.

A casa em Brasília, onde também reside Michelle, tem o objetivo de replicar a dinâmica política que ocorreu durante a campanha presidencial de 2018, quando Bolsonaro utilizou sua residência no Rio de Janeiro como um centro de decisões. A articulação política continua, com novos pedidos de visita sendo protocolados por outros parlamentares que desejam manter contato com o ex-presidente.