Governadores de direita criticam Lula por reação ao aumento de tarifas e o chamam de radical

Em evento promovido pelo BTG Pactual em São Paulo, governadores de direita criticaram a gestão econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente em relação ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos. Os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Ronaldo Caiado (Goiás), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Ratinho Júnior (Paraná) acusaram o governo de radicalizar o discurso e de negligenciar o ajuste fiscal.

Ronaldo Caiado, pré-candidato à presidência em 2026, afirmou que Lula tem governado com um "marqueteiro" e não consultado seus ministros. Ele questionou até onde a "irresponsabilidade" do governo poderia levar o país, referindo-se ao discurso do presidente sobre a crise com os Estados Unidos. Em resposta, Lula anunciou um pacote de R$ 30 bilhões em crédito para setores afetados pelo tarifaço.

Críticas à Diplomacia e Políticas Fiscais

Os governadores também criticaram a diplomacia brasileira, com Ratinho Júnior afirmando que o governo Lula está desmoralizando a reputação do Brasil no cenário internacional. Ele destacou que a diplomacia brasileira, reconhecida por sua capacidade de resolver questões comerciais, está sendo comprometida por ações irresponsáveis. Durante o evento, a plateia, composta por investidores e empresários do agronegócio, aplaudiu as críticas feitas aos atos do governo.

Tarcísio de Freitas e Eduardo Leite focaram suas críticas na questão fiscal, evitando aprofundar-se no tarifaço. Eles se apresentaram como uma "nova safra" de governadores, defendendo que a responsabilidade nas contas públicas é essencial para manter programas sociais e investimentos. Leite argumentou que não há oposição entre ajuste fiscal e políticas sociais, enquanto Tarcísio destacou que medidas de eficiência administrativa aumentaram a capacidade de investimento em São Paulo.

Alternativa Política

Os quatro governadores se posicionaram como uma alternativa política ao governo atual, defendendo cortes de cargos e secretarias, privatizações e redução de benefícios tributários em seus estados. Caiado, de forma incisiva, acusou Lula de adotar uma postura "populista" que comprometeria a saúde financeira do país. A crítica unificada dos governadores reflete um movimento crescente de oposição ao governo federal, enquanto eles buscam consolidar suas bases para futuras candidaturas.