PL exige filiação de aliados para candidaturas ao governo em 2026
Partido Liberal intensifica busca por candidaturas a governador após prisão domiciliar de Jair Bolsonaro e proíbe apoio a outras legendas

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, durante evento do partido — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo/20-02-2025
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A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro intensificou a pressão sobre o Partido Liberal (PL) para aumentar suas candidaturas a governador nas eleições de 2026. A medida foi impulsionada pela necessidade de manter a relevância do partido, que busca consolidar sua posição como a maior bancada da Câmara dos Deputados. Valdemar Costa Neto, presidente do PL, proibiu apoios a pré-candidaturas de outras legendas, visando fortalecer a presença do número 22 nas chapas estaduais.
A movimentação já se reflete em estados estratégicos como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Paraíba. Aliados de Costa Neto argumentam que, sem Bolsonaro, o PL deve se preparar para um cenário eleitoral desafiador. As recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente anteciparam preocupações que já existiam dentro do partido. A resolução de Costa Neto visa evitar fragmentações que possam prejudicar as candidaturas do PL.
Estratégias Regionais
Em Minas Gerais, o vice-governador Mateus Simões (Novo) considera a possibilidade de se filiar ao PL para concorrer à sucessão de Romeu Zema. Simões condiciona sua decisão a uma estratégia nacional que limite candidatos aliados a Bolsonaro. Na Paraíba, o senador Efraim Filho (União-PB), que recebeu apoio da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, também é aconselhado a migrar para o PL, embora ele pretenda permanecer em sua atual posição.
No Rio de Janeiro, a resolução de Costa Neto levou o governador Cláudio Castro (PL) a recuar no apoio à pré-candidatura de Rodrigo Bacellar (União) ao Palácio Guanabara. A relação entre Castro e Bacellar se deteriorou após ações que desagradam Bolsonaro. Na Bahia, o ex-ministro João Roma (PL) se posiciona como candidato ao governo, mas não descarta alianças com o União.
Impactos nas Alianças
A nova postura do PL pode inviabilizar alianças com outros partidos, como no caso de Goiás, onde o vice-governador Daniel Vilela (MDB) é o nome escolhido por Ronaldo Caiado (União) para sucedê-lo. Caiado havia solicitado apoio do PL a Vilela, mas a nova diretriz de Costa Neto pode complicar essa articulação.
A movimentação do PL reflete uma tentativa de se reestruturar em um cenário eleitoral incerto, buscando consolidar sua força e garantir uma presença significativa nas próximas eleições.
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