Bolsonarismo toma as ruas no 7 de Setembro em meio ao julgamento de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro está prestes a enfrentar um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) por acusações de tentativa de golpe de Estado. O ministro Cristiano Zanin agendou as sessões para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro, coincidindo com o período das manifestações bolsonaristas no Dia da Independência, em 7 de setembro.

As datas do julgamento foram anunciadas em um contexto de crescente mobilização entre os apoiadores de Bolsonaro, especialmente após os atos de 3 de agosto, que ocorreram sem sua presença física. A adesão significativa nas manifestações surpreendeu organizadores, que interpretaram a mobilização como uma resposta às medidas cautelares impostas pelo STF, que incluem prisão domiciliar e restrições de participação em atos.

Mobilização e Tensão

A proximidade do julgamento e as manifestações do 7 de setembro podem intensificar a mobilização bolsonarista, que já vinha apresentando sinais de desgaste. A expectativa é que os atos ganhem força, especialmente com a inclusão de Silas Malafaia no inquérito que investiga ações contra autoridades e o STF. Malafaia, conhecido por suas críticas ao Supremo, promete um discurso inflamado, o que pode aumentar a agitação nas ruas.

Além disso, a situação se torna ainda mais tensa com a possibilidade de novos atos nas cidades, uma vez que o 7 de setembro tem sido historicamente apropriado pela extrema direita para promover suas agendas. As autoridades estão em alerta, temendo que o clima de tensão se intensifique à medida que o julgamento se aproxima.

Contexto Político

O cenário atual reflete um momento crítico para a democracia no Brasil, com debates acalorados sobre a legitimidade das ações do STF e a resposta da militância bolsonarista. O julgamento de Bolsonaro não apenas representa um marco no processo judicial contra ele, mas também pode ser um divisor de águas nas mobilizações políticas do país. A combinação de um julgamento controverso e um feriado nacional promete agitar ainda mais o já polarizado ambiente político brasileiro.