Mãe de fiscal acusado de corrupção em SP prestará depoimento ao MP sobre fraude
MP SP investiga aumento patrimonial de R$ 2 bilhões de Kimio Mizukami da Silva, mãe de fiscal acusado de corrupção e lavagem de dinheiro

Auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto e sacos de esmeralda que foram apreendidos durante a Operação Ícaro (Foto: Reprodução/Divulgação-MPSP)
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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) convocou Kimio Mizukami da Silva, mãe de Artur Gomes da Silva Neto, para depor na próxima quarta-feira (20). Artur, supervisor da Diretoria de Fiscalização da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-SP), é investigado por um esquema de corrupção que envolve propinas e créditos de ICMS. O aumento patrimonial de Kimio, que saltou de R$ 411 mil em 2021 para R$ 2 bilhões em 2023, chamou a atenção do MP.
A Operação Ícaro, que resultou na prisão do fundador da Ultrafarma, Sidney Oliveira, revelou que Artur manipulava processos administrativos para facilitar a quitação de créditos tributários em troca de propinas mensais. Essas propinas eram pagas através da empresa Smart Tax Consultoria e Auditoria Tributária Ltda., registrada em nome de sua mãe. O MP estima que Artur já tenha recebido mais de R$ 1 bilhão em propinas.
Aumento Patrimonial Suspeito
O crescimento do patrimônio de Kimio foi considerado "absurdo" pelo MP. Em 2021, sua declaração de Imposto de Renda mostrava R$ 411 mil, enquanto em 2022 subiu para R$ 46 milhões. Em 2023, o valor atingiu R$ 2 bilhões, supostamente devido à compra de criptomoedas adquiridas com valores recebidos da Smart Tax. O MP identificou que a empresa funcionava como uma fachada para a lavagem de dinheiro proveniente do esquema de corrupção.
A investigação também revelou que Agnaldo de Campos, contador da Smart Tax, atuava como "testa de ferro" de Artur nas negociações. O MP cumpriu 19 mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de mais de R$ 1 milhão, esmeraldas, criptomoedas e documentos que podem comprovar a ligação entre as empresas do setor varejista e o esquema investigado. O promotor de Justiça Roberto Bodini indicou que outras empresas também podem estar envolvidas nas irregularidades.
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