Palestino lidera milícia, cria grupo de teatro e organiza fuga de prisão
Zakaria Zubeidi, ex líder militante, reflete sobre a futilidade da luta pela soberania palestina após sua libertação e a morte do filho

Zakaria Zubeidi, em Ramallah, em março deste ano (Foto: Samar Hazboun/The New York Times)
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Zakaria Zubeidi, ex-líder militante palestino, foi libertado da prisão israelense em janeiro de 2023, recebendo uma recepção calorosa em Ramallah. Centenas de palestinos o aplaudiram como um herói, enquanto ele expressava sua desilusão com a luta pela soberania palestina.
Zubeidi, de 49 anos, ficou conhecido durante a Segunda Intifada, liderando um grupo armado da Fatah. Após sua libertação, ele revelou que sua trajetória de militante e líder cultural não resultou em progresso para o povo palestino. Em uma entrevista ao The New York Times, ele afirmou: "Nada disso ajudou a criar um Estado palestino".
Durante sua prisão, Zubeidi enfrentou condições severas, incluindo alegações de maus-tratos por parte dos guardas. O serviço prisional israelense negou as acusações, mas Zubeidi relatou ter sido espancado após o ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023. Ao ser libertado, encontrou sua cidade natal, Jenin, devastada e seu filho, também militante, morto em um ataque.
Reflexões sobre a Luta
Zubeidi, que já havia mudado seu foco para a resistência cultural ao fundar o Freedom Theater em Jenin, agora questiona a eficácia de ambas as abordagens, pacífica e violenta. "Não há solução pacífica nem militar", afirmou, destacando a falta de vontade de Israel em conceder qualquer tipo de autonomia aos palestinos.
Ele se tornou uma figura emblemática, simbolizando a frustração e a desesperança que permeiam a vida palestina. Zubeidi, que já foi visto como um combatente pela liberdade, agora reflete sobre a futilidade de suas ações e a necessidade de repensar a luta pela soberania.
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