Washington processa Trump por tentativa de controle da polícia local na capital

A prefeita de Washington, Muriel Bowser, e o procurador-geral da cidade, Brian Schwalb, processaram o governo Trump nesta sexta-feira, 15, após a nomeação do chefe da DEA, Terry Cole, como comissário de polícia emergencial. A ação judicial foi motivada pela alegação de abuso de autoridade e tentativa de controle ilegal da polícia local, em desacordo com a Home Rule Act.

A ordem da procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, que designou Cole para assumir funções do departamento de polícia, foi considerada ilegal pelas autoridades de Washington. Bowser e Schwalb instruíram a chefe da polícia, Pamela Smith, a não cumprir a ordem, intensificando o conflito entre a administração local e o governo federal.

Tensão entre as Autoridades

A nomeação de Cole ocorre em um contexto de crescente presença federal na cidade, com a mobilização de 800 soldados e 500 agentes federais. O presidente Trump justificou a intervenção citando um aumento na criminalidade, embora dados locais indiquem uma queda de 26% nos crimes violentos em comparação ao ano anterior.

Schwalb afirmou que a ação do governo representa uma ameaça à autonomia de D.C., destacando que a ordem de Bondi extrapola os limites legais da intervenção federal. A controvérsia se intensifica, com críticos chamando a ação de autoritária e questionando a necessidade de tal controle.

Impasse e Consequências

O embate entre as autoridades locais e o governo federal pode redefinir os limites da Home Rule, que garante um certo grau de autogoverno a Washington. A situação permanece tensa, com manifestações contra a intervenção e a nova estrutura de comando policial. A cidade enfrenta desafios contínuos relacionados à segurança pública e à gestão de recursos, enquanto a disputa legal se desenrola.