Governadores da direita se unem em eventos do agro e bancos para 2026

Enquanto Jair Bolsonaro (PL) permanece em prisão domiciliar e aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe, governadores de direita intensificam articulações para a eleição de 2026. Recentemente, esses mandatários têm se reunido em encontros reservados e participado de eventos públicos, onde criticam o governo Lula, especialmente em questões econômicas.

Os governadores, como Tarcísio de Freitas (SP) e Romeu Zema (MG), têm se posicionado em locais estratégicos para o antipetismo, como feiras do agronegócio. Em um seminário do BTG Pactual, Tarcísio afirmou que o Brasil “não aguenta mais excesso de gasto” e pediu confiança na capacidade da direita de vencer as próximas eleições. A incerteza sobre a escolha de um candidato por Bolsonaro gera inquietação entre os postulantes, que buscam consolidar suas candidaturas.

Articulações e Estratégias

Os encontros têm sido organizados pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), que encomendou pesquisas para entender o cenário político. Na próxima terça-feira, Nogueira reunirá governadores e presidentes de partidos para discutir pautas no Congresso, visando fortalecer a direita após a prisão de Bolsonaro. Durante um almoço recente, Zema e Caiado anunciaram oficialmente suas pré-candidaturas, enquanto Tarcísio pondera sobre a reeleição em São Paulo.

A presença de integrantes da família Bolsonaro na disputa presidencial também é uma preocupação. Se Bolsonaro decidir apoiar um de seus filhos ou sua esposa, Michelle, isso pode complicar as candidaturas dos governadores. Tarcísio, por exemplo, não se vê disputando sem o apoio formal do ex-presidente.

Cenário Político

Além dos governadores, outros nomes, como Eduardo Leite (PSD), também se colocam como possíveis candidatos. Leite acredita que pode se beneficiar caso a eleição se torne um embate entre Lula e um membro da família Bolsonaro. Enquanto isso, os governadores continuam a criticar a atuação do governo Lula, ressaltando a necessidade de uma postura mais ativa em relação ao Judiciário e ao cenário econômico.

Com a proximidade das eleições de 2026, a direita busca se organizar e unir forças, ciente de que a divisão pode prejudicar suas chances. A expectativa é que, com uma estratégia bem definida, consigam se posicionar como uma alternativa viável ao governo atual.