Sindicato de comissários da Air Canada mantém greve e não aceita negociações

Os comissários de bordo da Air Canada, representados pelo Canadian Union of Public Employees (CUPE), decidiram desafiar uma ordem de retorno ao trabalho, considerada ilegal pelo Canada Industrial Relations Board. A greve, que já dura três dias, afeta mais de 10 mil trabalhadores e resultou no cancelamento de voos, deixando aproximadamente 500 mil passageiros sem assistência.

O CUPE, que luta por melhores salários e condições de trabalho, afirmou que não irá obedecer à ordem do tribunal, mesmo ciente das possíveis penalidades. O presidente do sindicato, Mark Hancock, declarou que a entidade está disposta a enfrentar multas e até prisão, se necessário. Ele enfatizou que a resolução do impasse deve ocorrer na mesa de negociações, não por imposição governamental.

O governo canadense, por sua vez, expressou preocupação com a situação. O primeiro-ministro Mark Carney classificou a falta de acordo após oito meses de negociações como "decepcionante" e pediu uma solução rápida para evitar mais transtornos aos cidadãos e turistas. O ministro do Trabalho, Patty Hajdu, já havia solicitado arbitragem vinculativa para encerrar a disputa.

A situação continua tensa, com o CUPE acusando o governo de ceder à pressão corporativa e insistindo que a greve é uma resposta necessária às condições de trabalho insatisfatórias. A expectativa é que as partes envolvidas busquem um entendimento que atenda às demandas dos trabalhadores e minimize os impactos sobre os passageiros.