Governo brasileiro alerta sobre movimentação militar dos EUA na Venezuela

Integrantes do governo brasileiro expressam preocupação com o recente envio de navios militares dos Estados Unidos para a costa da Venezuela. A movimentação, que inclui três destróieres equipados com mísseis guiados, é vista como uma possível preparação para uma intervenção militar no país vizinho, que possui uma extensa fronteira de mais de 2 mil quilômetros com o Brasil.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, reagiu mobilizando 4,5 milhões de milicianos, alegando que a ação dos EUA representa uma ameaça. O governo brasileiro, por sua vez, ainda não tomou medidas concretas, mas observa a situação com atenção, temendo que a ofensiva americana possa afetar as relações bilaterais.

Além disso, a embaixada dos EUA em Brasília emitiu uma ameaça de sanções contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, que é alvo de críticas por parte de Washington. Moraes teve seu visto suspenso e está impedido de realizar operações financeiras com entidades americanas. A embaixada alertou que qualquer apoio a violadores de direitos humanos pode resultar em sanções.

A tensão entre Brasil e EUA se intensifica com a proximidade das eleições presidenciais de 2026. O ex-presidente Jair Bolsonaro, declarado inelegível por oito anos, é visto como um potencial candidato, e há preocupações sobre a possibilidade de Washington não reconhecer o resultado das eleições caso ele não participe. O senador Flávio Bolsonaro afirmou que a ausência do pai nas eleições tornaria o pleito ilegítimo.

A situação na Venezuela e as movimentações dos EUA são acompanhadas de perto pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que se recusa a aceitar interferências externas em assuntos internos do Brasil. A expectativa é que os ataques ao Judiciário e a membros do governo brasileiro aumentem à medida que a tensão política se intensifica.