- Trabalhadores da saúde em São Paulo formaram filas longas na sede do SinsaúdeSP nesta segunda-feira, 1° de setembro, para entregar cartas de oposição à contribuição sindical.
- As esperas chegaram a até três horas, refletindo a insatisfação com o aumento de 40% na taxa, que agora varia de R$ 87,00 a R$ 147,00, dependendo da faixa salarial.
- Aproximadamente 800 mil profissionais, como técnicos de enfermagem e agentes sociais, são representados pelo sindicato, que não inclui médicos e enfermeiros.
- Apesar de conquistas como reajuste salarial de 5,32% e aumento de 10% no piso salarial, muitos trabalhadores afirmam que não veem benefícios claros na contribuição.
- O presidente do SinsaúdeSP, Jefferson Erecy Santos, ressaltou que a contribuição é voluntária e que os trabalhadores têm o direito de se opor.
Trabalhadores da saúde em São Paulo enfrentaram longas filas nesta segunda-feira (1°) na sede do SinsaúdeSP, onde esperaram até três horas para entregar cartas de oposição à contribuição sindical. O movimento, que começou na sexta-feira (29), reflete a insatisfação com o aumento de 40% na taxa, que agora varia de R$ 87 a R$ 147, dependendo da faixa salarial.
Cerca de 800 mil profissionais, incluindo técnicos de enfermagem e agentes sociais, são representados pelo sindicato, que não abrange médicos e enfermeiros com representação própria. A fila se estendia por um quarteirão e meio, e muitos trabalhadores relataram que o valor da contribuição impacta diretamente em seus salários. A auxiliar de limpeza hospitalar, Maria Lúcia Cordeiro da Silva, afirmou que “é um valor do nosso salário que faz falta”.
O SinsaúdeSP, que oferece atendimento médico e jurídico gratuito, destaca que a contribuição é voluntária e que os trabalhadores têm o direito de se opor. O presidente do sindicato, Jefferson Erecy Santos, enfatizou que o processo deve ser transparente e acessível. No entanto, muitos profissionais, como a técnica de enfermagem Maria de Cleide Batista, expressaram descontentamento, afirmando que não veem benefícios claros em sua contribuição.
Além do aumento na contribuição, a convenção coletiva de 2025 trouxe um reajuste salarial de 5,32% e um aumento de 10% no piso salarial. Os trabalhadores também conquistaram benefícios como auxílio-creche e folgas garantidas. Apesar disso, a insatisfação persiste, com muitos afirmando que o sindicato não tem lutado efetivamente por seus direitos.