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Paulo Scott explora antirracismo no direito constitucional brasileiro em nova obra

Promotor gera polêmica ao afirmar que réu negro não cometeria crimes se tivesse recebido "chibatadas na infância"; investigação é aberta

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Retrato do escritor Paulo Scott (Foto: Reprodução)
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  • O promotor Jaimes dos Santos Gonçalves, do Tribunal do Júri de São José do Norte, Rio Grande do Sul, fez uma declaração polêmica sobre um réu negro.
  • Ele sugeriu que o réu não teria cometido crimes se tivesse recebido “chibatadas na infância”.
  • A fala gerou uma investigação pelo Ministério Público, que abriu um expediente administrativo sobre o caso.
  • A declaração foi amplamente criticada, destacando a necessidade de discutir a relação entre raça e justiça no Brasil.
  • O livro “Direito Constitucional Antirracista”, de Paulo Scott, aborda a importância de uma perspectiva racial no sistema judiciário e é recomendado para profissionais da área.

O promotor Jaimes dos Santos Gonçalves, do Tribunal do Júri de São José do Norte, Rio Grande do Sul, gerou polêmica ao afirmar que um réu negro não teria cometido crimes se tivesse recebido “chibatadas na infância”. A declaração provocou uma investigação pelo Ministério Público, que anunciou a abertura de um expediente administrativo.

A controvérsia ocorre em um contexto de racismo sistêmico e desigualdade racial no Brasil, onde a violência e a discriminação são frequentes, especialmente no sistema judiciário. A fala do promotor foi amplamente criticada, evidenciando a necessidade de uma reflexão mais profunda sobre a relação entre raça e justiça no país.

Em meio a esse cenário, o livro “Direito Constitucional Antirracista”, de Paulo Scott, surge como uma contribuição relevante. A obra discute a importância de uma perspectiva racial no julgamento e é direcionada a profissionais do direito e acadêmicos. O autor, que também é romancista, destaca que o racismo se renova dentro do sistema judiciário, perpetuando desigualdades.

A Corregedoria-Geral do Ministério Público do Rio Grande do Sul afirmou que tomará as “providências cabíveis” em relação ao caso do promotor. A situação levanta questões sobre a proteção do réu, que, apesar de ter cometido crimes, deve ser tratado com dignidade e respeito pelo Estado. A declaração de Gonçalves não apenas expõe o réu, mas também coloca em xeque a credibilidade da magistratura brasileira.

A obra de Paulo Scott, ao abordar o racismo e o antirracismo, é uma leitura recomendada para aqueles que atuam no sistema judiciário, especialmente em tempos onde a discussão sobre justiça social e igualdade racial é cada vez mais urgente.

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