- Alison Bechdel lançou a novela gráfica “Consumida”, que aborda capitalismo, cultura woke e polarização política nos Estados Unidos.
- A obra revisita personagens de suas tiras anteriores e apresenta uma versão fictícia da autora vivendo em Vermont com sua parceira, Holly.
- A narrativa reflete sobre a independência artística de Bechdel após a adaptação de “Fun Home” para a Broadway.
- Bechdel discute a dificuldade de se concentrar em meio ao fluxo constante de notícias e aborda a fragilidade dos direitos LGBTQ+.
- A história se passa entre 2021 e 2022 e destaca as tensões sociais e políticas atuais, incluindo a tentativa de proibição de seu livro em uma escola.
Alison Bechdel, autora de quadrinhos e criadora do famoso Teste Bechdel, lançou sua nova novela gráfica, “Consumida”, que aborda temas como capitalismo, cultura woke e polarização política nos Estados Unidos. A obra revisita personagens de suas tiras anteriores e reflete sobre a atualidade, incluindo questões sobre os direitos LGBTQ+.
A narrativa apresenta uma versão fictícia de Bechdel, que vive em Vermont com sua parceira, Holly. A protagonista enfrenta dilemas sobre sua independência artística após a adaptação de sua obra “Fun Home” para a Broadway. “Consumida” é descrita como uma reflexão leve, mas profunda, sobre as contradições da vida moderna, incluindo a luta por ideais em um mundo saturado de informações.
Bechdel explora a dificuldade de se concentrar em meio a um fluxo constante de notícias, utilizando elementos como a pandemia e questões sociais contemporâneas. Em uma entrevista, a autora mencionou que seu interesse inicial era escrever uma autobiografia, mas decidiu mudar para a autoficção, resultando em uma obra que combina humor e crítica social.
A história se desenrola entre 2021 e 2022, com personagens que refletem a diversidade e as tensões da sociedade atual. Bechdel também aborda a polarização política, criando um personagem que tenta proibir seu livro em uma escola, destacando a conexão entre as irmãs, apesar de suas diferenças ideológicas.
Além disso, Bechdel expressou preocupações sobre a fragilidade dos direitos LGBTQ+ e a influência do capitalismo nas conquistas sociais. Ela observa que, embora a política progressista seja essencial, a desconexão entre ativistas e a população pode ser prejudicial. “Consumida” não apenas revisita personagens do passado, mas também questiona o futuro da luta por igualdade e inclusão em um cenário político desafiador.