- A Câmara dos Deputados aprovou a urgência da proposta de emenda à Constituição (PEC) da blindagem e da anistia.
- Essas decisões geraram forte reação negativa na sociedade.
- O cientista político Carlos Melo, professor do Insper, criticou as medidas, afirmando que refletem interesses próprios dos parlamentares.
- A expectativa agora é sobre a reação do Senado, que pode ser influenciada pela renovação de um terço dos senadores no próximo ano.
- Pesquisas mostram que a população está dividida sobre a anistia, com 56% a favor da anistia para Jair Bolsonaro e apenas 10% para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou a urgência da proposta de emenda à Constituição (PEC) da blindagem e a anistia, gerando forte reação da sociedade. O cientista político Carlos Melo, professor do Insper, critica essas decisões, afirmando que refletem interesses próprios dos parlamentares em vez das necessidades da população.
Melo destaca que a PEC da blindagem e a anistia são parte de um pacto de mediocridade, onde extrema-direita, Centrão e partidos de apoio ao governo se uniram para aprovar medidas que favorecem a impunidade. Ele observa que, apesar das críticas, a Câmara parece ignorar a opinião pública, priorizando sua própria agenda.
A expectativa agora recai sobre o Senado, onde a renovação de um terço dos senadores no próximo ano pode influenciar a votação. Melo acredita que os senadores, ao contrário dos deputados, devem se preocupar mais com a repercussão negativa na sociedade. “Nossas esperanças dependem de como o Senado vai reagir”, afirma.
A anistia, se aprovada, ainda precisará da sanção do presidente Lula e poderá ser contestada no Supremo Tribunal Federal. Pesquisas indicam que a população está dividida sobre o tema, com 56% a favor de anistia para Jair Bolsonaro, mas apenas 10% apoiando a anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Melo ressalta que a situação política é complexa, com pressões internas e externas influenciando as decisões do Congresso. A possibilidade de uma anistia relativa é real, mas os mentores e executores dos atos de 8 de janeiro provavelmente não terão perdão. O cenário atual reflete uma luta entre democracia e barbárie, onde a transparência e o controle social são fundamentais para o futuro político do Brasil.