- PSOL pediu à Procuradoria-Geral da República a abertura de investigação contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) por uso indevido de celular durante visita de Bolsonaro na prisão domiciliar, com requerimento de quebras de sigilos telefônico e telemático.
- O ministro Alexandre de Moraes deu prazo de 24 horas para Bolsonaro apresentar-se e explicar o episódio, citando possível desobediência e participação em atos preparatórios.
- Imagens da TV Globo mostraram Nikolas Ferreira usando celular na visita, o que contraria o veto de Moraes que proibia celulares e redes sociais nesses encontros.
- Bolsonaro foi transferido para a sede da Polícia Federal em Brasília; a prisão domiciliar foi revogada no sábado anterior, e ele segue custodiado para cumprir pena.
- PSOL também solicita que Nikolas Ferreira tenha contato proibido com Bolsonaro para evitar obstrução da justiça e possíveis ações para planejar violação de cautelar.
A bancada do PSOL na Câmara pediu à Procuradoria-Geral da República a abertura de uma investigação contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) por possível uso indevido do celular durante visita a Jair Bolsonaro, ainda em prisão domiciliar. A ação também pede a quebra de sigilos telefônico e telemático para apurar o caso, apontado pela legenda como desobediência.
Imagens veiculadas pela TV Globo mostraram Nikolas com o celular durante o encontro. Moraes fixou 24 horas para Bolsonaro se explicar sobre o episódio. Na sequência, o ex-presidente foi transferido para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, deixando a prisão domiciliar.
Contexto e desdobramentos
Moraes havia proibido o uso de celular e redes sociais em visitas de Bolsonaro durante a vigência da cautelar. O PSOL sustenta que a conduta de Nikolas pode configurar desobediência e indicar participação em atos preparatórios da violação da tornozeleira. O pedido também questiona se houve planejamento de uma vigília ou tentativa de burlar a cautelar.
Os parlamentares defendem que a quebra de sigilos permita verificar eventual participação do deputado em ações para evitar a fiscalização da Justiça. Além disso, argumentam que Nikolas Ferreira não poderia manter contato com Bolsonaro para evitar obstrução da obtenção de provas.