- A sabatina de Jorge Messias, indicado por Lula para o Supremo Tribunal Federal, está marcada para 10 de dezembro pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, mas depende da mensagem formal de indicação.
- O governo trabalha para adiar o envio da mensagem ao Senado, ganhando tempo para ampliar a articulação política de Messias e evitar desgaste na CPMI do INSS.
- Sem a mensagem formal, o rito não pode avançar; há dificuldade em obter os 41 votos necessários no plenário, segundo aliados.
- A oposição pode tentar convocar Messias na CPMI do INSS, o que o governo busca evitar; a votação de requerimento deve ocorrer ainda hoje (27), em meio a 479 itens na pauta.
- Weverton Rocha (PDT-MA) foi escolhido relator da Comissão de Constituição e Justiça pela base, e Otto Alencar alerta que o calendário pode ir por água abaixo se o envio não ocorrer.
O governo trabalha para adiar o envio da mensagem de indicação de Jorge Messias ao Senado, mantendo a sabatina prevista para 10 de dezembro sob o presidente da casa, Davi Alcolumbre. A tramitação depende da formalização da indicação em forma de mensagem presidencial, etapa que ainda não foi realizada.
A motivação é dupla. Primeiro, para ampliar a articulação política de Messias junto a senadores e gabinetes, ganhando tempo antes de enfrentar o plenário. Segundo, para evitar desgaste durante a CPMI do INSS, caso o tema seja alvo de convocações que comprometam a defesa da indicação.
Desdobramentos
Weverton Rocha (PDT-MA) foi nomeado relator da CCJ, numa sinalização de resistência dentro da base aliada. Sem a mensagem formal lida em plenário, o trâmite não pode avançar e o calendário corre risco de mudanças. A oposição acompanha de perto o processo e pressiona para que o envio ocorra conforme o cronograma original.
O presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA), afirmou que o calendário pode não se sustentar se o envio não ocorrer nos próximos dias. A sessão da CPMI do INSS, marcada para hoje, reúne 479 requerimentos e aumenta a possibilidade de Messias depor antes de ser ouvido pela comissão, ampliando narrativas contrárias à indicação. O governo não revelou pressa para resolver o impasse.