- Sinais de deterioração econômica e aumento da desaprovação ao governo Lula, com agenda eleitoral próxima e pressão adicional por episódios de segurança pública, incluindo a operação policial no Rio de Janeiro e a COP 30.
- Nova fase da Operação Sem Desconto da Polícia Federal prende envolvidos em fraudes na Previdência, fortalecendo a linha de investigação sobre o INSS e alimentando críticas da oposição.
- Dados econômicos recentes mostram recuo do índice de atividade (IBC‑Br) em três meses, juros elevados (Selic em quinze por cento ao ano) e recordes de endividamento (oitenta por cento das famílias) e de inadimplência (treze vírgula dois por cento sem condições de pagar).
- O mercado de trabalho apresentou perda de dinamismo, com abertura de oitenta e cinco mil empregos formais em outubro, pior resultado para o mês desde dois mil e vinte.
- A COP trinta e o custo da organização aparecem como desgaste adicional: gasto oficial de pelo menos oitocentos milhões de reais e incêndio em Belém, contribuindo para percepções negativas e pesquisas que indicam estagnação ou queda na aprovação do governo.
A deterioração econômica e o aumento da desaprovação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se intensificaram à véspera do período eleitoral, conforme avaliações de pesquisas recentes. Dados apontam queda na popularidade após a megaoperação da PF no Rio de Janeiro e tensões com a agenda de segurança pública, além de sinais de menor poupança de recursos e cansaço com custos públicos.
Nova fase da Operação Sem Desconto da Polícia Federal prendeu gestores ligados a fraudes na Previdência em uma ação que atingiu 15 estados, elevando o desgaste político e ampliando o escrutínio sobre a gestão do INSS. Paralelamente, o público acompanha os impactos da COP 30 em Belém, com gastos públicos robustos e perímetros de organização criticados pela oposição.
Contexto econômico aponta pressão sobre o PIB, com o IBC-Br registrando queda de 0,9% no terceiro trimestre, sob efeito da Selic a 15% ao ano. A taxa de endividamento das famílias atingiu 80%, segundo a CNC, com 30,5% em atraso e 13,2% sem condições de quitar as dívidas. No mercado de trabalho, outubro teve queda de 35% na abertura de empregos formais ante outubro de 2024. O Índice de Demanda da indústria caiu para 51,3 pontos em novembro, pior marca desde 2016, e o emprego no setor recuou para 49,1 pontos.
A percepção de desaprovação ganhou fôlego em pesquisas recentes. Quaest mostrou queda na popularidade, com desaprovação em 50% e aprovação em 47%. Paraná Pesquisas registrou 50,9% de desaprovação e 45,9% de aprovação. Economistas e analistas atribuem o recuo a preocupações com a economia, segurança pública e gastos com a COP 30, além de dúvidas sobre a capacidade de manter políticas assistenciais.
- Os próximos desdobramentos dependerão da continuidade das investigações da PF, do andamento da CPMI do INSS e da condução da pauta econômica, especialmente diante de expectativas de ajustes fiscais e prioridades para 2026.