- A grande catástrofe de Valencia, em outubro de 2024, deixou dezenas de mortos e revelou falhas na resposta de emergência; o envio da Es Alert foi atrasado por pedidos de correção linguística da ex-conselheira Salomé Pradas, segundo o subdiretor Jorge Suárez.
- A mensagem de alerta foi enviada às 20h11, quando já haviam falecido pelo menos 155 pessoas.
- Suárez disse que houve insistência para incluir menção a subir a zonas altas e que mudanças ocorreram por questões de acento e termos em valenciano.
- Ele afirmou ainda que pediu, às 17h45, que o aviso fosse enviado de imediato para orientar a população a buscar áreas mais altas, devido ao risco de inundação.
- Suárez participou do Centro de Coordenação de Emergências de L’Eliana e esteve no Cecopi durante a decisão de enviar a Es Alert, acompanhado de Salomé Pradas e Emilio Argüeso.
A tragédia de Valencia, ocorrida em outubro de 2024, deixou dezenas de mortos e expôs falhas na resposta de emergências. O sistema de alerta massivo Es Alert, enviado por celulares, registrou atraso que se tornou foco de investigações. A Justiça investiga a cadeia de decisões que impactou a magnitude da crise.
Segundo depoimento judicial, o subdirector general de Emergências da Generalitat Valenciana, Jorge Suárez, afirmou que o envio do Es Alert foi retido por pedidos da ex-conselheira Salomé Pradas. A insurgência centrada em ajustes linguísticos e na menção a subir a zonas altas teriam atrasado a comunicação.
O aviso só foi emitido por volta das 20:11, mesmo com o salto de mortes já registrado. Ao menos 155 pessoas já haviam falecido até aquele momento, segundo as investigações. O período crítico coincidiu com a aproximação de áreas de risco e quedas de água em canais de drenagem.
Detalhes da investigação
A testemunha descreveu que Pradas e Vicente Mompó, presidente da Diputación de Valencia, participaram de uma segunda leitura do texto. Mudanças teriam incluído ajustes no vocabulário e no acento, segundo o depoimento. A magistrada investiga ainda a decisão de omitir a menção de subir a áreas elevadas no alerta.
Suárez relatou que, às 17h38, uma assistente de emergências enviou uma mensagem sobre o risco de a água atingir alturas extremas, perto da presa de Forata. A partir das 17h00 a magnitude do perigo já era perceptível pelos órgãos de defesa civil, mas a difusão permaneceu pendente.
O responsável de Emergências destacou que o envio do Es Alert foi considerado em várias ocasiões, mas só ocorreu mais de duas horas depois. O episódio ocorreu durante a atuação no Centro de Coordinación de Emergencias de L’Eliana, onde eram tomadas decisões junto aos técnicos e aos representados pela antiga gestão.