- Informes de mensagens revelam que o departamento de presidência tinha, desde o meio-dia, conhecimento sobre a gravidade da dana e das consequências.
- Às 16h28, Pradas comunicou a Cuenca que havia sido informada de “um falecido em Utiel” antes da reunião do Cecopi.
- Por volta das 19h54, houve instruções para não confinar; Pradas descreveu desbordamientos por toda a província, enquanto Cuenca minimizou o alcance.
- Cuenca disse: “uma província não pode ser confirmada, é uma barbaridade; é preciso zonificar.”
- Em depoimento à comissão de investigação, Mazón afirmou que não havia sido informado de vítimas até a madrugada, contradictoriamente às mensagens.
Salomé Pradas, titular da conselleria de Emergències, manteve comunicação constante ao longo do dia com o ex-presidente Carlos Mazón e sua equipe sobre a dana (emergência climática) ocorrida em 29 de outubro. As mensagens acessadas pelo El País indicam que o departamento de presidência tinha conhecimento, já ao meio-dia, da gravidade da situação.
José Manuel Cuenca, chefe de gabinete de Mazón, orientou Pradas durante toda a jornada. Às 16h28, antes da reunião do Cecopi, Pradas informou a Cuenca de que havia ocorrido a morte de alguém em Utiel. Mazón afirmou, em depoimento à comissão de investigação, que não havia sido informado de vítimas até a madrugada seguinte.
Detalhes da troca de mensagens
Às 19h54, em meio ao pior estágio da dana, Cuenca pediu para não confinar áreas, pedindo calma. Pradas respondeu que a situação era muito grave e Cuenca retrucou com um tom mais casual. Em seguida, Pradas reiterou que havia desbordamientos por toda a província, enquanto Cuenca sugeriu que confirmar uma única província seria inadequado, defendendo a ideia de apenas zonificar.
