- A executiva nacional do União Brasil expulsou Celso Sabino do partido nesta segunda-feira (8), por infidelidade partidária, em votação secreta de 24 votos a favor.
- Sabino disse que foi removido por não aceitar deixar o ministério para “o melhor projeto” do país, mantendo apoio ao governo Lula.
- O partido justificou a expulsão pela permanência de Sabino à frente do Ministério do Turismo, apesar de ordem contrária da cúpula.
- O ministro criticou a intervenção da direção nacional na executiva estadual do Pará e afirmou ter ficha limpa; relatos indicam sondagens de outros partidos.
- A jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral indica que Sabino não perderá o mandato e pode se filiar a outra legenda; ele diz que continuará no cargo até desincompatibilização prevista para abril.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, foi expulso do União Brasil nesta segunda-feira (8) após votação de 24 votos pela executiva nacional. A decisão ocorreu por infidelidade partidária, segundo a legenda.
Sabino informou, em transmissão ao vivo, que permanecerá no Ministério do Turismo e continua apoiando o governo do presidente Lula. Ele afirmou ter escolhido o que entende ser o melhor projeto para o país e para o Pará.
A executiva nacional avaliou que Sabino desrespeitou a orientação do partido ao permanecer no cargo. O ministro também criticou a intervenção da direção nacional no diretório do Pará, sem infrações aparentes por parte do órgão local.
Sabino participou remotamente da reunião que resultou na expulsão. Em rede social, afirmou ter ficha limpa e que foi afastado por manter atuação alinhada ao governo e ao que considera o melhor para o Brasil.
Histórico: Sabino entrou no União Brasil em 2021, chefiou o diretório paraense e integrou a executiva nacional. Em 2023-2024 houve desgaste e afastamentos internos no Pará, com acenos de mudança de cargo.
Fatos adicionais indicam que o partido determinou que filiados deixassem cargos na gestão Lula até 19 de setembro; descumprimento seria infração disciplinar. Sabino já havia sinalizado deixar o ministério, mas recuou e permaneceu no posto.
Saída do União Brasil não implica automaticamente no fim do mandato. A jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral admite que o parlamentar pode se filiar a outra sigla sem perder o mandato.