- Na terça-feira, o deputado Glauber Braga foi retirado à força da Mesa Diretora pela polícia legislativa da Câmara dos Deputados.
- A sessão teve a transmissão interrompida e a imprensa teve o acesso ao plenário cortado.
- Líderes de esquerda criticaram a condução do episódio, incluindo o presidente da Câmara, Hugo Motta, e o PT discutiu a possibilidade de cassação.
- O ministro Guilherme Boulos e a deputada Tabata Amaral destacaram o que classificaram como ato autoritário e a violação da imprensa.
- Motta disse que há apuração de possíveis excessos e a Abert emitiu nota de repúdio ao cerceamento da imprensa.
Nesta terça-feira (9), Glauber Braga (PSOL-RJ) foi retirado à força da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados pela Polícia Legislativa. A sessão tratava de pautas internas e Braga se recusou a deixar o posto, com a transmissão interrompida e o plenário sem imagens disponíveis ao público.
A ação foi autorizada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Parlamentares da oposição criticaram a decisão, afirmando que houve excesso de força e cerceamento da imprensa. Braga permanece alvo de possibilidade de cassação.
A imprensa teve o acesso cortado durante a sessão, e a TV Câmara interrompeu a transmissão. O episódio gera apuração sobre eventuais abusos e deve passar por avaliação no plenário nas próximas horas.
Reações e desdobramentos
Líderes de oposição e aliados veem o episódio como grave questionamento à legitimidade da gestão de Motta. Lindbergh Farias (PT) sugeriu que a imagem fragiliza a presidência e o rumo da Câmara, emblematicamente ligado ao tema da Anistia. Guilherme Boulos (PSOL) criticou a atuação e destacou a rejeição ao cerceamento da imprensa.
Tabata Amaral (PSB) afirmou que as imagens devem repercutir internacionalmente e associou o fato à falta de punição a parlamentares que ocuparam a Mesa. Abert emitiu nota de repúdio, destacando que o impedimento de imprensa e o corte de sinal violam a liberdade de imprensa.
Motta, por sua vez, defendeu a medida como necessário para defender o parlamento e afirmou que as ordens foram aplicadas para cumprir protocolos de segurança e o regimento interno. A Câmara anunciou que avalia a possível cassação de Braga nas próximas sessões.
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