- O primeiro-ministro Rosen Zhelyazkov anunciou a renúncia do governo tripartite, menos de um ano no cargo, após pressões populares e acusações de corrupção.
- A saída ocorreu pouco antes da votação de uma moção de censura no parlamento, apresentada pela oposição.
- Milhares de pessoas foram às ruas na noite de quarta-feira, com forte presença da geração z, em protesto contra o orçamento de 2026 visto como tentativa de ocultar corrupção.
- O governo já havia retirado o esboço do orçamento na semana anterior, mas a indignação permaneceu.
- O presidente Rumen Radev apoia os manifestantes e pode participar das eleições, enquanto a oposição PP-DB celebra; pesquisas apontam alto apoio à mobilização e queda de confiança em governo e parlamento.
Rosen Zhelyazkov anunciou a renúncia do governo tripartito que chefiava após meses de pressão popular e diante da proximidade de uma moção de censura no Parlamento. A decisão ocorreu pouco antes da votação, com milhares de manifestantes nas ruas em várias cidades do país. O pacote orçamentário para 2026 havia sido retirado pela administração semanas antes, alimentando críticas de corrupção.
Os protestos continuam, com apoio maciço da população, especialmente entre a geração Z. A oposição refuta a condução do governo e sustenta que a destituição é necessária para abrir espaço a eleições antecipadas. A coalizão PP-DB já pediu a renúncia imediata do Executivo.
Contexto político e social
Bulgária enfrenta uma percepção de corrupção persistente, mantendo-se entre os níveis mais baixos da União Europeia. O governo anterior, liderado pelo GERB, enfrentou protestos repetidos desde 2020 contra irregularidades e denúncias de favorecimento político.
Participação institucional e eleições
O presidente Rumen Radev manifestou apoio aos manifestantes e sugeriu que o governo deveria dar um passo atrás e convocar eleições antecipadas. Não está claro se Radev ficará fora da disputa para concorrer com seu partido. A oposição busca esclarecer cenários eleitorais.
Desdobramentos recentes
A renúncia representa o primeiro passo de uma mudança abrupta no ciclo político em menos de um ano. Analistas apontam que a transformação pode acelerar a agenda de reformas institucionais e a convocação de novas eleições, sob pressão de rua e da opinião pública.
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